Polêmica

Partido de extrema-esquerda, PCO defende Monark: 'Perseguição autoritária'

O apresentador falou, durante podcast, que deveria existir um partido Nazista no Brasil

O Partido da Causa Operária (PCO) saiu em defesa do apresentador do Flow Podcast, Monark. No perfil oficial do partido no Twitter, o PCO disse que Monark é “mais uma vítima da perseguição autoritária”.

A publicação foi feita após a decisão da direção do Flow Podcast de demitir o apresentador, por conta da polêmica que tomou as redes sociais na segunda-feira (7/2). Monark, durante entrevista com os deputados federais Kim Kataguiri (DEM-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP), defendeu a criação de um partido Nazista no Brasil.

“Apresentador fez uso de seu direito à livre expressão, mas direção do Flow decidiu demiti-lo após pressão dos patrocinadores”, argumentou o PCO. Os internautas criticaram o posicionamento do partido. “A liberdade de expressão é garantida na CF/88, mas a apologia ao nazismo é crime segundo a mesma CF/88. Qual outro ‘regime político’ no mundo matou humanos vivos em câmaras de gás além da Alemanha nazista? Defender o nazismo não é liberdade de expressão”, escreveu um usuário da rede do passarinho.

Entenda

Tudo começou na segunda-feira, após mais um episódio do Flow Podcast ir ao ar. Monark disse que deveria existir um partido Nazista legalizado no Brasil.

A fala do apresentador aconteceu durante uma discussão sobre regimes radicais de esquerda e direita, e Monark saiu em defesa do “direito” de ser antissemita: “A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu acho que tinha de ter o partido nazista reconhecido por lei.”

“Se o cara quiser ser antijudeu, eu acho que ele deveria ter o direito de ser”, continuou o apresentador. Tabata discordou de Monark, mas, por outro lado, ao final da discussão, Kim Kataguiri endossou as falas do podcaster e disse que acha errada a Alemanha ter criminalizado o nazismo.

O PCO

O PCO é um partido brasileiro de extrema-esquerda, se autointitula comunista e voltado à classe operária. Faz parte da militância da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e defende as ideologias de Karl Marx e Leon Trótsky.

Foi fundado em 1995 por dissidentes da Causa Operária filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT), o presidente é, desde então, o jornalista Rui Costa Pimenta.

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