Cumprindo agenda eleitoral no Ceará desde o último domingo (6/2), o pré-candidato à Presidência da República, Sergio Moro (Podemos), disse achar estranho a visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao estado nesta semana, justo no momento em que ele se encontra por lá.
“Muito estranho. Acho que ele [Bolsonaro] está nos seguindo. Porque a gente esteve na Paraíba e também lá houve uma discussão de que ele iria lá, logo em seguida de nós. Não sei se foi de fato. E agora a gente vem ao Ceará, que era uma viagem planejada há semanas, há meses, na verdade. Está tentando copiar”, disse Moro, nesta terça-feira (8/2), em entrevista ao Jornal Jangadeiro.
O ex-juiz ainda afirmou que está articulando, em seu programa de governo, uma medida que reduza a carga tributária, “principalmente sobre a folha de salário de quem ganha menos”.
“É uma forma de estimular a contratação e especialmente a formalização das relações de trabalho. Ou seja, um trabalho com carteira assinada. Tem uma discussão colocada com uma cortina de fumaça, que é a reforma trabalhista”, completou.
Moro afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer revogar a reforma trabalhista feita durante o governo de Michel Temer. “Isso já gerou impacto ruim na economia, porque foi uma reforma que ajudou a modernizar. Eles (interlocutores da equipe de Lula) falam como se revogar a medida fosse voltar os empregos. Não vai”, disse.
Nesta terça-feira, Bolsonaro esteve em Salgueiro, Pernambuco, para inaugurar trechos da transposição do Rio São Francisco. Durante conversa com apoiadores, o chefe do Executivo se justificou sobre uma fala polêmica em uma live da semana passada, quando usou a expressão "pau de arara" em referência aos nordestinos.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro