O ex-juiz Sergio Moro afirmou que se sente perseguido e que vai processar o subprocurador-geral do Lucas Furtado por abuso de autoridade. O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu, nesta sexta-feira (4/2), o bloqueio dos bens do ex-ministro como medida cautelar por suspeita de sonegação de impostos nos pagamentos que recebeu da consultoria na Alvarez & Marsal — responsável pela administração judicial de empresas condenadas pela Lava-Jato.
Por meio de nota, Moro afirmou que já prestou todos os esclarecimentos necessários sobre o montante recebido. “Coloquei à disposição da população os documentos relativos à minha contratação, serviços e pagamentos recebidos, inclusive com os tributos recolhidos no Brasil e nos Estados Unidos”, declarou.
O ex-juiz afirmou que vai fazer uma representação contra o subprocurador por abuso de autoridade. “Fica evidenciado o abuso de poder perpetrado por este procurador do TCU. Pretendo representá-lo nos órgãos competentes, como já fez o senador da República, Alessandro Vieira (Cidadania-SE), e igualmente promover ação de indenização por danos morais”, disse Moro.
Na mira do TCU
Em ofício enviado ao ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), o subprocurador-geral Lucas Furtado pediu que a Corte declare a indisponibilidade de bens do ex-ministro da Justiça Sergio Moro como medida cautelar por suposta sonegação de impostos sobre os pagamentos que Moro recebeu da consultoria Alvarez & Marsal, responsável pela administração judicial de empresas condenadas pela Lava-Jato.
Para Furtado, “há risco da inviabilização do ressarcimento e do recolhimento de tributos aos cofres públicos”, caso não sejam investigadas as contas de Moro, que teria recebido cerca de R$ 3,6 milhões da consultoria.