O presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou justificar os gastos com o cartão corporativo afirmando que os débitos são referentes às viagens realizadas por ele.
“O meu gasto, como eu estou aqui hoje, tem despesa com cartão corporativo. Quando eu estive no Suriname, tem despesa. Eu viajo, diferentemente dos outros, que não tinham que viajar porque não tinham o que fazer. No meu cartão pessoal corporativo, o gasto é zero", afirmou a jornalistas em Porto Velho (RO), na manhã desta quinta-feira (3/2).
Bolsonaro ainda afirmou que não utiliza o cartão pessoal para mostrar "exemplo" e que poderia, inclusive, ter aposentadoria da Câmara dos Deputados. "Eu podia ter gastado R$ 24 mil por mês, não gasto. Poderia ter pegado aposentadoria da Câmara de R$ 30 mil, não peguei. Desliguei aquecedor do Palácio. Isso tudo para dar exemplo", frisou.
O presidente teria usado R$ 29,6 milhões no cartão corporativo no ano passado. O valor é cerca de 18% superior aos gastos nos governos da ex-presidente Dilma Rousseff e Michel Temer.
O Tribunal de Contas da União (TCU) irá abrir investigação para apurar as despesas.