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Pacheco sai em defesa do sistema eleitoral

Na reabertura do Congresso, ao lado de Bolsonaro, parlamentar prega respeito às urnas

Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, na abertura dos trabalhos do Congresso, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Artur Lira (PP-AL), fizeram uma defesa enfática do sistema eleitoral, alvo de constantes ataques do chefe do Executivo.

Pacheco saiu em defesa da democracia e pediu que "o processo eleitoral não seja afetado por manipulações de disparos em massa através de robôs". O senador também pediu respeito às divergências de ideias e às instituições da República. Ele disse esperar "fiscalização e punição daqueles que atentem contra o processo eleitoral".

Aos eleitores, Pacheco pediu que haja "senso crítico e responsabilidade para distinguir fatos verdadeiros das inaceitáveis fake news". "Num ano de eleições gerais, caberá ao povo bem escolher seus representantes. Aos vencedores, fazer de seu mandato um verdadeiro serviço; e, aos perdedores, respeitar o resultado das urnas", frisou o senador, que avalia se entra na corrida pelo Palácio do Planalto.

A pandemia também foi um assunto abordado pelo presidente do Senado. "Passamos a usar máscaras na nossa rotina, nos isolamos de familiares, amigos e colegas de trabalho, esperamos ansiosos por vacinas que salvariam — e salvaram — vidas", afirmou. "O poder público tem a obrigação de proteger sua população com ciência, informação, equipamentos públicos e vacinas", acrescentou. Bolsonaro é acusado de retardar, deliberadamente, a vacinação.

Lira, por sua vez, enfatizou que as tensões entre os pré-candidatos à Presidência podem piorar o cenário econômico. "Deixemos os interesses políticos para outubro e, agora, trabalhemos com ainda mais afinco e unidos para aprovar as medidas que são tão necessárias para o país e para os brasileiros. As disputas e tensionamentos devem ficar para o momento de campanha. Agora, o momento é de união e diálogo, porque o país tem pressa", disse.

O parlamentar também enfatizou a soberania do Parlamento. "Aqui, nos últimos anos, muitas conquistas foram construídas e alcançadas com discussão, debate e, principalmente, pelo voto de cada um de nós. Por isso, quero ressaltar que, independentemente da conjuntura futura, o que o Brasil conseguiu aqui é definitivo", sustentou.

Na cerimônia que teve a presença, também, do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, Pacheco pediu um minuto de silêncio em respeito aos mais de 628 mil mortos pela covid-19 no país e aos que perderam a vida nas tragédias causadas pelas chuvas na Bahia, em Minas Gerais e em São Paulo.