O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu, durante entrevista coletiva neste domingo (27/02), a exploração de fertilizantes e produção de energia em terras indígenas. Segundo o presidente, com o conflito no leste europeu, cai a produtividade de fertilizantes no País, e regiões como a foz do Rio Madeira, uma reserva indígena, poderia suprir essa demanda.
O presidente criticou então a quantidade de demarcações de terras indígenas existem no país. Segundo ele "o Brasil foi em parte inviabilizado no passado com a indústria da demarcação de terras indígenas"
"Nós temos fertilizante no Brasil, na foz do Rio Madeira, temos potássio em abundância, mas é uma reserva indígena, porque não exploramos isso daí", disse. O presidente criticou o novo marco temporal, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). "Vamos supor que esse novo marco temporal seja reconhecido, o somatório dessas áreas que surgiram no equivalem a uma região sul" "nós eliminaremos da possibilidade de agricultura funcionar outra área do tamanho do Estado de São Paulo, nós trazemos problemas para nós mesmos".
Durante a coletiva de imprensa, ao comentar sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, o presidente afirmou que não entraria no mérito sobre os motivos que levaram ao embate e disse que busca apenas a paz nessa questão. Bolsonaro declarou ainda que quase a totalidade da população da região da Ucrânia era favorável à independência das regiões de Donetsk e Luhansk.
"A história mostra o que vem acontecendo, desde quando a Rússia perdeu sua cortina de ferro e aquela região mais ao Sul, há uma região específica, quase que a totalidade da população no referendo há pouco tempo era favorável a sua independência. Essas questões são particulares. A própria Ucrânia nasceu de um referendo também e nós aqui assistimos o desfecho desse embate. O que a Rússia quer é a independência dessas duas áreas. Não vou entrar no mérito, se tem razão ou se não tem. Nós buscamos apenas a paz nessa questão", afirmou.
Cautela
O presidente também afirmou que a posição do Brasil deve ser de "cautela" em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia.
"Nossa posição tem que ser de bastante cautela. Não podemos, ao tentar solucionar um caso,que é grave, ninguém é favorável a guerra em nenhum lugar do mundo, trazer problemas gravíssimos para toda a humanidade e para nosso País também, que está nesse contexto", afirmou.
Ao ser questionado sobre os impactos do conflito sobre os preços dos combustíveis, Bolsonaro afirmou que o aumento no barril do petróleo afeta todos os países. "A paz é o melhor caminho para que nós fiquemos livre de uma alta considerada no preço dos combustíveis. Nós e o mundo todo."
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