A reunião entre o ex-governador paulista Márcio França (PSB) com o ex-presidente Lula, nesta terça-feira (22/2), em São Paulo, trouxe poucas resoluções para o palanque de esquerda na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. Em coletiva, França demonstrou disposição para o páreo, já que encontra-se em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-prefeito Fernando Haddad (PT).
A disputa pelo governo de SP continua sendo um dos principais — se não a principal, entraves para a formação de uma federação partidaria de esquerda, liderado por PT e PSB.
O que mantém França com poder de barganha por São Paulo são as pesquisas de intenção de voto. Com musculatura, a pesquisa Ipespe/XP divulgada no último na última sexta-feira (18/2) apontou que Haddad está com 28% e França com 18%. Boulos aparece em terceiro com 11%. O ministro de Infraestrutura, Tarcisio de Freitas, (candidato de Bolsonaro), com 10%, e Rodrigo Garcia, com 5%. Quando é apresentado um cenário em que Márcio França é excluído da disputa, Haddad chega a 33% da preferência.
Segundo o PSB, França teria mais palanques do que Haddad, já que a sigla ocupa 15 prefeituras municipais, e tem o vice-prefeito de Campinas, Wanderley de Almeida (Wandão), o segundo maior colégio eleitoral do Estado. Outro argumento é que ele já foi governador e por isso, mantém uma rede de relacionamentos com políticos de todos os estados.
O PT diz que cedeu onde era competitivo, como Pernambuco — considerada a joia da coroa do PSB, governado pelo partido quatro vezes, e retirou a pré-candidatura do senador Humberto Costa (PT-PE) ao governo para apoiar Danilo Cabral (PSB-PE).
Boulos
Outra preocupação é uma eventual candidatura de Guilherme Boulos ao Palácio dos Bandeirantes. O psolista pode abocanhar boa parte do eleitorado dos principais postulantes, principalmente os mais jovens. Ele foi candidato a prefeito de São Paulo em 2020 e chegou ao segundo turno, com 20% dos votos na capital. O professor do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) e militante da tendência interna psolista Resistência, Valério Arcary explicou durante o Fórum Onze e Meia, que Boulos avalia se mantém ou não a candidatura.
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