Eleições 2022

França continua no páreo pelo governo de SP mesmo após reunião com Lula

PT se esforça para manter Haddad como único candidato no campo da esquerda pelo Palácio dos Bandeirantes, mas encontra resistência do PSB

Michelle Portela
Deborah Hana Cardoso
postado em 22/02/2022 22:06 / atualizado em 22/02/2022 22:06
 (crédito: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)
(crédito: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

A reunião entre o ex-governador paulista Márcio França (PSB) com o ex-presidente Lula, nesta terça-feira (22/2), em São Paulo, trouxe poucas resoluções para o palanque de esquerda na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. Em coletiva, França demonstrou disposição para o páreo, já que encontra-se em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-prefeito Fernando Haddad (PT).

A disputa pelo governo de SP continua sendo um dos principais — se não a principal, entraves para a formação de uma federação partidaria de esquerda, liderado por PT e PSB. 

O que mantém França com poder de barganha por São Paulo são as pesquisas de intenção de voto. Com musculatura, a pesquisa Ipespe/XP divulgada no último na última sexta-feira (18/2) apontou que Haddad está com 28% e França com 18%. Boulos aparece em terceiro com 11%. O ministro de Infraestrutura, Tarcisio de Freitas, (candidato de Bolsonaro), com 10%, e Rodrigo Garcia, com 5%. Quando é apresentado um cenário em que Márcio França é excluído da disputa, Haddad chega a 33% da preferência.


Segundo o PSB, França teria mais palanques do que Haddad, já que a sigla ocupa 15 prefeituras municipais, e tem o vice-prefeito de Campinas, Wanderley de Almeida (Wandão), o segundo maior colégio eleitoral do Estado. Outro argumento é que ele já foi governador e por isso, mantém uma rede de relacionamentos com políticos de todos os estados.


O PT diz que cedeu onde era competitivo, como Pernambuco — considerada a joia da coroa do PSB, governado pelo partido quatro vezes, e retirou a pré-candidatura do senador Humberto Costa (PT-PE) ao governo para apoiar Danilo Cabral (PSB-PE).


Boulos


Outra preocupação é uma eventual candidatura de Guilherme Boulos ao Palácio dos Bandeirantes. O psolista pode abocanhar boa parte do eleitorado dos principais postulantes, principalmente os mais jovens. Ele foi candidato a prefeito de São Paulo em 2020 e chegou ao segundo turno, com 20% dos votos na capital. O professor do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) e militante da tendência interna psolista Resistência, Valério Arcary explicou durante o Fórum Onze e Meia, que Boulos avalia se mantém ou não a candidatura.

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