O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot recorreu, nesta sexta-feira (18/2), da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de negar o pedido de habeas corpus para trancar e arquivar a investigação sobre o o suposto plano dele para matar o ministro do STF Gilmar Mendes.
O inquérito teve início em 2019, quando Janot publicou em biografia e deu entrevistas afirmando que se deslocou armado até o STF com a intenção de atirar no magistrado. "Não ia ser ameaça, não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele [Gilmar Mendes] e depois me suicidar", declarou Janot à época ao jornal O Estado de S.Paulo.
“Ele estava sozinho”, disse. “Mas foi a mão de Deus. Foi a mão de Deus”, repetiu o procurador ao justificar porque não concretizou a ação. “Cheguei a entrar no Supremo (com essa intenção)”, relatou. “Ele estava na sala, na entrada da sala de sessão. Eu vi, olhei, e aí veio uma mão”, contou.
Janot afirmou que estava se sentindo mal e pediu para o vice-procurador-geral da República o substituir na sessão do STF. A cena não está narrada em detalhes no livro Nada Menos que Tudo (Editora Planeta), no qual conta sobre sua atuação no comando da Operação Lava Jato. Janot alega que narrou o fato, mas sem dizer de quem se tratava.
A decisão do ministro-relator Nunes Marques foi proferida em 4 de fevereiro, após o pedido da defesa de Janot. Além do trancamento e arquivamento da investigação, os advogados do ex-procurador pedem a restituição dos bens apreendidos do cliente.
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