Caso Covaxin

PGR pede arquivamento de inquérito sobre suspeita de prevaricação de Bolsonaro

O procurador-geral da República, Augusto Aras, acompanhou o entendimento da PF de que não houve crime por parte do presidente Jair Bolsonaro

Luana Patriolino
postado em 18/02/2022 20:17 / atualizado em 18/02/2022 20:17
 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O procurador-geral da República, Augusto Aras, recomendou, nesta sexta-feira (18/2) o arquivamento de outro inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), envolvendo suspeitas de prevaricação no caso da compra da vacina indiana .

A suspeita era que Bolsonaro tinha conhecimento de supostas irregularidades. A PGR acompanhou o entendimento da Polícia Federal e apontou que não houve crime por parte do presidente.

Segundo a PF, não há indícios materiais de conduta criminosa por parte do chefe do Planalto. A corporação também argumentou que, mesmo tendo conhecimento de possíveis irregularidades, o presidente não era obrigado a comunicar sobre as suspeitas para deflagrar a abertura de investigações. Agora, cabe à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber decidir sobre a questão.

Entenda

A investigação contra Bolsonaro é fruto da CPI da Covid no Senado. O servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda afirmou que foi pressionado a assinar um documento que adiantava o pagamento para a compra do imunizante indiano Covaxin, contrariando o contrato firmado com a empresa Precisa Medicamentos, intermediadora do laboratório Bharat Biotech no Brasil.

Miranda contou que relatou os fatos a Bolsonaro em uma reunião no Palácio da Alvorada, mas o presidente não pediu a abertura de investigação pela Polícia Federal. À época, a revelação expôs uma série de contradições no discurso bolsonarista a respeito de imunizantes e combate à corrupção.

 

 




Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação