O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, adiou o julgamento do processo contra o deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM), ex-presidente da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara dos Deputados. O crime é similar à acusação contra o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, caso, aliás, que somente poderá ser analisado quando o julgamento do parlamentar amazonense tiver terminado.
O processo, que se arrasta há pelo menos duas décadas, apura denúncias de ex-funcionários do gabinete do parlamentar. Eles acusam o parlamentar de pedir a devolução de parte dos salários — o chamado “esquema das rachadinhas”.
Bastidores
Entre políticos do Amazonas, comenta-se sobre possível interferência do ministro André Mendonça, "o terrivelmente evangélico". Primeiramente porque, em caso de condenação do deputado pelo Amazonas, automaticamente seriam encaminhados casos similares, os chamados casos de repercussão geral no Judiciário, inclusive aquele que envolve o senador Flávio, acusado também de praticar a “rachadinha” em seu gabinete, quando era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.
Além disso, Mendonça não esconde o apreço por Silas Câmara. Em 14 de dezembro do ano passado, o ministro participou de um culto na Assembleia de Deus, em Manaus, que é comandada pelos irmãos Câmara: Silas, Jonatas e Samuel. No vídeo, Mendonça disse que Silas "foi o ombro amigo essencial para chegar onde cheguei", ou seja, ao STF.
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