A aliança com o ex-governador Geraldo Alckmin sinaliza um PT mais ao centro ou abrandamento no discurso?
As alianças político-eleitorais são para enfrentar a conjuntura. Não tem posicionamento político alterado; as posições vão continuar as mesmas. Nosso discurso é o mesmo que o Lula está fazendo e nossa centralidade é o povo brasileiro.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o mercado "passou a ser menos receoso" em relação à possibilidade de Lula assumir o governo. A senhora vê isso como uma resposta ao que afirmou, há algumas semanas, sobre não precisar ter "medinho" de Lula.
O mercado conhece o Lula e, por isso, não precisa ter medo. Eles não vão ser enganados pelo programa que vamos colocar. Lula já está deixando claro o que queremos fazer: mais empregos, política social forte, tem que ter renda, fazer investimento.
Após o cancelamento do aniversário do PT, há alguma data para Lula registrar a candidatura?
Em março ele vem a Brasília e, em breve, deve formalizar a candidatura. Não sei se (a formalização) ocorrerá mesmo em março, mas será depois que a federação e as alianças estiverem fechadas.
Quais são os principais entraves para a federação partidária? É possível acertar mesmo com esses impasses?
Temos um caso difícil em São Paulo, mas temos impasses também no Rio Grande do Sul e no Espírito Santo. Acho que é possível, sim, a gente seguir sem resolver isso agora.
Sobre São Paulo, o PT tem resistência em realizar a pesquisa para qualificar Fernando Haddad ou Márcio França para o governo?
Não há resistência em realizar a pesquisa. Foi uma proposta do Márcio França e o PT está disposto a realizar.
Poderiam lançar Haddad ao Senado?
É uma possibilidade, mas isso é algo para sentar e negociar. Há uma determinação muito grande do PT nacional e do estado para que essa candidatura [ao governo de SP] aconteça.
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