A pré-candidata à presidência e senadora Simone Tebet (MDB-MS) aproveitou a audiência pública da Comissão de Direitos Humanos, desta quarta-feira (16/2), no Senado Federal, para cobrar a Procuradoria Geral da República (PGR) sobre as últimas declarações de Augusto Aras, em entrevista ao canal CNN.
O procurador disse que os senadores da CPI da Covid não apresentaram provas de irregularidades cometidas por autoridades. Por isso, Tebet acusou Aras de ser “servo do presidente da República” ao esquecer o papel da PGR e não dar prosseguimento às investigações de indícios de crimes elencados no relatório final da CPI – o documento aponta 80 indiciamentos, incluindo o nome de ministros do presidente e o próprio Jair Bolsonaro, acusado de ter cometido ao menos 9 crimes.
“Se nós conseguimos em seis meses levantar tudo isso (provas), como é que em 120, 115, dias a Procuradoria-Geral não o faz? Não o fez por inércia, não o fez por omissão, não o fez por parcialidade. Porque ele que representa o órgão máximo de fiscalização e controle pela Constituição, que é o Ministério Público, ele simplesmente esquece o seu papel, a sua atribuição, e vai ser mero servo do presidente da República”, criticou a senadora.
Tebet, classificou o procurador de “covarde e desonesto” pelas declarações e defendeu a possibilidade de discutir um possível impeachment da autoridade. Além disso, sugeriu que Aras fosse convocado a prestar esclarecimentos sobre a atitude na mesma comissão.
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