O governo de Vladimir Putin retirou parte das tropas que se exercitavam perto das fronteiras com a Ucrânia, apontam as agências de notícias russas nesta terça-feira (15/2) com base em informações do Ministério da Defesa. Porém, não está especificado quantos soldados retornaram.
O recuo coincide com a viagem diplomática do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao país, que gera desconforto no ocidente e atenção de diplomatas. Ele já chegou ao país e o desembarque acontece em meio à escalada de tensões entre Estados Unidos e Rússia devido à crise na Ucrânia.
Porém, há uma manobra de Putin em reconhecer áreas separatistas na Ucrânia como governo para manter a capital Kiev longe da influência ocidental (Otan e União Europeia). Além da Rússia, Bolsonaro visitará a Hungria de Viktor Orbán.
Chanceler alemão
Além de Bolsonaro, outro governante irá desembarcar em Moscou em breve, o novo chanceler da alemão Olaf Scholz. Hoje ele está em Kiev, visitando o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski.
Antes de passar pela Ucrânia, visitou o presidente americano Joe Biden. O chanceler afirmou que terá um “diálogo sério” com Putin sobre as tensões quando chegar a Moscou. "Esperamos de Moscou sinais imediatos de desescalada. Uma nova agressão militar teria duras consequências para a Rússia", disse em suas redes sociais. O interesse dos alemães não está só pautado na estabilidade europeia, mas também na distribuição de gás natural ao país e outras matrizes energéticas - o bloco tem fortes investimentos na Rússia neste setor.
“Caso ocorra uma agressão militar contra a Ucrânia, que ponha a sua soberania e a sua integridade territorial em risco, isso levará a sanções duras, que preparamos cuidadosamente e que poderemos aplicar imediatamente com nossos aliados da Europa e da Otan”, reiterou o presidente.
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