O Itamaraty publicou nesta sexta-feira (11/2) uma nota em comemoração aos 30 anos das relações diplomáticas entre o Brasil e a Ucrânia, uma relação sem muita importância econômica ou estratégica. O texto antecede a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL), marcada para a próxima segunda-feira (14), à Rússia, criticada pela comunidade internacional.
O Brasil ensaia uma entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e adquiriu o status de aliado americano militar extra-Otan — título concedido na gestão de Donald Trump.
Ou seja, tanto a nota quanto a viagem de Bolsonaro demonstram que o governo brasileiro está fora de alinhamento com os interesses do ocidente ao qual faz parte em meio à crescente tensão entre potências militares. Na quinta-feira (10), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu que os cidadãos americanos que residem na Ucrânia deixem o país “imediatamente”.
Para justificar essa aliança bilateral, o Itamaraty apelou para a memória da escritora Clarice Lispector e ignorou todo o contexto geopolítico que o mundo está inserido, sem contar que, para a balança econômica, a Ucrânia e a Rússia não são parceiros relevantes.
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