A discussão da PEC dos Combustíveis será nos moldes do que tem dito o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). No Congresso, a ala governista — leia-se o Centrão — construirá a saída para tentar aliviar o bolso do consumidor. Enquanto isso, o ministério da Economia, capitaneado por Paulo Guedes, fará juras de amor à responsabilidade fiscal, comprometida pelas propostas de emendas constitucionais em discussão no Parlamento. No Planalto, o presidente Jair Bolsonaro, com um pé em cada prancha, tentará ver se consegue passar a ideia de que pensa no bolso do contribuinte, ao mesmo tempo em que cumpre os princípios definidos por sua equipe econômica.
Nesse cenário e a contar pela disposição dos congressistas, a prancha do lastro fiscal, onde Bolsonaro tenta firmar um dos pés, está a cada dia mais bamba, uma vez que os políticos vão jogar para a plateia, de olho na reeleição em outubro. E a crise fiscal que seja resolvida em 2023. Seja pelo próprio Congresso, em caso de avançar a discussão do semipresidencialismo no Parlamento, ou pelo presidente eleito, seja quem for.
O terceiro elemento
O ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung acertou o ingresso no PSD. Em princípio, concorrerá ao Senado. Mas no caso de o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desistir de disputar a Presidência da República, e o governador tucano Eduardo Leite (RS) mudar de ideia quanto ao ingresso no PSD para concorrer ao Planalto, Hartung será candidato a presidente.
Os projetos de Vitor Hugo
O líder do PSL, deputado Vitor Hugo (GO), esteve com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, em busca de um espaço para concorrer ao governo de Goiás e conquistar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Os cálculos de Vitor Hugo
Ainda que o novo União Brasil não indique Vitor Hugo formalmente para o comando da CCJ, os aliados dele acreditam que os integrantes do PL, os bolsonaristas do União Brasil e ainda o PP podem ajudar a garantir a presidência da comissão contra o nome que for oficializado pelo UB. Falta combinar com o partido e com Arthur Lira (PP-AL), que não gosta de marola quando fecha um acordo.
No máximo, uma coligação entre PT e PSB
Conforme a coluna publicou, a novela da federação entre PSB e PT segue para um desfecho de cada um seguir o seu caminho — ou seja, sem federação e com o acerto de coligações em alguns estados. Os dois partidos querem disputar o governo de São Paulo. E, nesse sentido, o ex-governador de São Paulo Márcio França vai trabalhar a candidatura ao Palácio dos Bandeirantes, conversando, inclusive, com Ciro Gomes (PDT).
CURTIDAS
A turma de Simone/ O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) não passa um dia sem conversar com a pré-candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet (MS, foto). É ali que os tucanos adversários de João Doria vão buscar um abrigo.
Está difícil, mas.../ Alguns emedebistas, antes descrentes das chances da senadora, apontam que Tebet, aos poucos, vai construindo uma base. Já tem Elena Landau na equipe econômica, Germano Rigotto na coordenação do programa de governo e o presidente do partido, Baleia Rossi, empenhado de fato na coordenação política.
... eles vão caminhando/ Tanto Tebet quanto Sergio Moro têm, hoje, os respectivos partidos engajados na construção de seus nomes. O pré-candidato do PSDB, João Doria, não tem essa sorte.
E o Renan, hein?/ É visto como um dos poucos que hoje joga abertamente para que o MDB apoie Lula logo no primeiro turno. Se insistir nessa tese, corre o risco de ver a legenda na mesma situação vivida atualmente pelo PSDB.
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