Enquanto ministros do Centrão pressionam o presidente Jair Bolsonaro (PL) a escolher uma mulher como candidata a vice, outros aliados da maior bancada do Congresso Nacional se movimentam para o lado oposto, considerando embarcar na chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse cenário, o racha dentro do PSDB cresce a cada dia.
O candidato petista trabalha abertamente para fechar mais um partido chamada federação de esquerda dele - ironicamente apelidada de "federação do Lula". Para chegar com mais força às eleições de 2022 e vencer no primeiro turno, o ex-presidente sabe que terá de se reunir com partidos mais ao centro, por isso, tenta incluir o PSD no grupo.
Aliados, hoje, ao presidente Bolsonaro, caciques importantes e que integram a linha de frente do centrão já admitem sentar para conversar com o ex-presidente Lula, que também almeja ampliar a bancada do PT de 53 para 80 deputados a partir das articulações nos estados. A federação poderia eleger entre 180 e 220 deputados.
Em meio à confusão, o PSDB começou a rachar e parte da legenda ameaça não apoiar João Dória, que venceu as prévias partidárias. Não bastasse o próprio Eduardo Leite, governador tucano do Rio Grande do Sul (RS), derrotado nas eleições internas, negociar com o PSD de Kassab, agora grupos aliados de Geraldo Alckmin, ex-tucano e ainda sem legenda, ameaçam seguir o ex-governador para apoiar o PT.
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