CURTIDAS

Correio Braziliense
postado em 10/02/2022 00:01

A primeira briga
do União Brasil

Os acordos do DEM e do PSL para as comissões técnicas da Câmara perderam a validade e os integrantes do novo União Brasil viverão dias de disputa pelos cargos, em especial a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Até aqui, o líder do PSL, deputado Victor Hugo (GO), tem cantado aos quatro ventos que sucederá a deputada Bia Kicis (PSL-DF) na CCJ. Entretanto, o novo partido não pretende confirmar a indicação. Afinal, Vitor Hugo é tão ligado ao presidente Jair Bolsonaro que muita gente aposta que ele deixará o União Brasil. O líder, inclusive, se apresentou como pré-candidato ao governo de Goiás, contra o governador-candidato Ronaldo Caiado, que integra a nova agremiação.

Há quem suspeite que a pré-candidatura de Vitor Hugo ao governo goiano foi uma manobra justamente para que possa abrir mão em troca do comando da CCJ. Só tem um probleminha: os demistas consideram que não será necessário ceder a CCJ ao deputado porque Caiado, por ser candidato à reeleição, tem desde já a vaga para concorrer a mais um mandato.

O aperto de Kassab

Com o partido dividido entre Lula, Bolsonaro, Ciro Gomes e Sergio Moro, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, começa a ser visto pelos petistas como o possível responsável pelo segundo turno da eleição. E se as urnas confirmarem esse sentimento do PT, o comandante pedessista ficará numa situação desconfortável com Lula.

Veja bem

Lula acredita que pode vencer no primeiro turno. Mas, para isso, tem que reduzir o número de adversários, já que esse percentual que ele apresenta nas pesquisas, hoje, não é líquido e certo para o futuro. Nesse sentido, se Kassab tiver um candidato no primeiro turno, e sempre disse que terá, será menos um apoio — e menos votos para Lula na primeira rodada. Kassab, porém, não rachará seu próprio partido para atender ao PT.

STF atende a partidos...

Com a ampliação do prazo para definição das federações partidárias, fevereiro deixa de ser um mês tenso, mas nem tanto. O PSB, por exemplo, quer definir essa questão o mais rápido possível, antes do prazo de filiação partidária. Ou seja, até meados no março, no máximo.

...mas não os candidatos

Quem vai disputar eleição majoritária quer saber desde já quais são as chances de ser atendido, porque ninguém deseja dormir com o inimigo. No Distrito Federal, por exemplo, MDB e União Brasil estão em sentidos opostos, e deixar para maio não vai resolver as diferenças entre Ibaneis Rocha (MDB) e o ex-deputado Alberto Fraga (DEM), por exemplo. Tampouco entre Ibaneis e Izalci Lucas (PSDB), pré-candidato ao GDF.

Caiu geral I/ Na Câmara, pegou muito mal saber que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (foto), fez o pré-lançamento de sua chapa ao governo do Piauí sem incensar o Bolsonaro no ato.

Caiu geral II/ O sentimento de muitos parlamentares nesses primeiros acordes eleitorais é o de que a derrota de Bolsonaro não está descartada. E, portanto, é preciso um distanciamento. Se os índices mudarem, porém, voltam rapidinho.

A força dos planos de saúde/ A manutenção do veto sobre os tratamentos orais de câncer foi uma demonstração de que o lobby dos planos de saúde é poderoso no Parlamento com votações pelo sistema virtual. Os temas mais polêmicos, porém, correm o risco de serem derrubados. Nesse rol, está o do Orçamento, que mais interessa ao governo.

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