Um jantar na casa do ex-ministro Pimenta da Veiga, em Brasília, reuniu os tucanos deputado Aécio Neves, o senador Tasso Jereissati e o ex-senador José Aníbal, juntamente com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite – todos opositores à candidatura de João Doria à Presidência da República pelo PSDB.
Ao comentar sobre o jantar com o portal O Antagonista, Eduardo Leite teria relatado uma preocupação com a “altíssima e persistente” rejeição popular ao nome de Doria, mas descartou “qualquer encaminhamento sobre desembarque de candidatura ou saída do partido”.
“O que mais preocupa a estes líderes do partido é a altíssima e persistente rejeição que o candidato escolhido tem no seu próprio estado a 45 dias de deixar o mandato. Se não consegue mostrar tendência de melhora no mandato, pode ser ainda mais difícil depois”, disse o governador gaúcho.
Os integrantes deste grupo anti-Doria cobram do governador paulista um plano de ação para reverter o baixo desempenho nas pesquisas e a rejeição. Sobre o encontro, o pré-candidato do partido afirmou em entrevista à Rádio Eldorado, na manhã desta quarta (09/2), que foi um "jantar de derrotados".
"Foi um jantar de derrotados, com todo respeito. Todos eles foram derrotados nas prévias. Eu entendo que na vida pública, e também na vida privada, você tem que compreender vitórias e derrotas. Eu tive, circunstancialmente, uma vitória nas prévias do PSDB, mas tive a grandeza de cumprimentar o Eduardo Leite e todos aqueles que o apoiaram de maneira educada. Não me parece que cinco pessoas sentadas num jantar possam representar o PSDB. O PSDB é maior do que cinco pessoas que ali representavam derrotados", defendeu Doria.
Na pesquisa Quaest/Genial de intenção de voto para o primeiro turno das eleições presidenciais de 2022 divulgada em 12 de janeiro, Doria pontuou apenas 3%. No último Datafolha, publicado em dezembro, o governador de São Paulo aparece com uma rejeição de 34%.
Em novembro, Doria disputou com o governador gaúcho, Eduardo Leite, as prévias do partido, e venceu. A vitória foi reconhecida e anunciada em novembro. Apesar disso, o andar da carruagem fez com que parlamentares da sigla mudassem de ideia.
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