O jogo do União Brasil

Correio Braziliense
postado em 09/02/2022 00:01
 (crédito: kleber sales)
(crédito: kleber sales)

Homologado pela Justiça Eleitoral e com quase R$ 1 bilhão para suas campanhas este ano, o União Brasil vai mexer no tabuleiro da Câmara dos Deputados e do Senado, e estuda, inclusive, uma federação com o MDB. O objetivo é neutralizar a força do Centrão (PL-PP-PTB-Republicanos) no Congresso e, no pós-eleitoral, buscar o comando da Câmara e do Senado. Se o projeto eleitoral for bem-sucedido, o novo partido jogará para ficar com o comando da Câmara, deixando o Senado para o MDB.

Na avaliação dos emedebistas, essa construção pode abarcar, ainda, o PSDB, a depender das conversas em curso. Uma coisa é certa: o novo partido não veio a passeio e, cheio de recursos, não descarta, inclusive, segurar ao seu lado uma parcela dos bolsonaristas, que podem ter mais espaço na nova legenda do que no PL.

Ele tem a força

O principal projeto do União Brasil no Centro-Oeste é a reeleição do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Nesse sentido, é ele quem terá a primazia de organização do partido no Distrito Federal, uma vez que precisa do entorno para seu projeto reeleitoral.

Fique tranquilo

Caiado já fez chegar ao ex-deputado Alberto Fraga que ele pode ficar sossegado, porque não será preterido. Fraga, aliás, já avisou ao comando do DEM que, se não for o comandante do União Brasil no DF, buscará outro caminho.

Governistas
em fúria

Uma revolta começou a tomar conta da base governista por causa da resistência a derrubar o veto sobre a distribuição de absorventes para mulheres carentes. No governo, houve quem dissesse que era uma pauta da esquerda e coisa e tal, mas não colou. A exclusão de meninas das escolas pela falta dos absorventes não tem ideologia. Nem a dura realidade do crescimento de 66,3% do número de crianças entre 6 e 7 anos que não sabem ler.

Por falar em governistas...

A assinatura de aliados do governo em propostas que atendam o contribuinte, ainda que não esteja de acordo com o que defende a equipe econômica, não é privilégio dos bolsonaristas. Ano eleitoral é sempre assim. A necessidade de voto entra pela porta e a responsabilidade fiscal sai pela janela.

Ciro é Camilo/ Pré-candidato a presidente da República pelo PDT, Ciro Gomes (foto) apoiará Camilo Santana (PT) ao Senado. Explica-se: não vai deixar o aliado dividir o grupo no estado. A tendência é a vice-governadora Isolda Cela (PDT), muito ligada aos Ferreira Gomes, ser a candidata à reeleição.

Tensão no Ceará/ Depois de o deputado estadual André Fernandes (PL) ter dito que foi perseguido e teve a caminhonete atingida por sete tiros, a segurança presidencial foi reforçada para a visita do presidente Jair Bolsonaro a Jati (CE). Fernandes é um dos principais chefes bolsonaristas
no estado.

Romaria/ Promessa forte para a vaga do Senado na Paraíba, o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho, recebeu, ontem, 46 prefeitos em seu gabinete. Calma, pessoal, não foram todos de uma vez, embora tenha gerado uma aglomeração.

Monark hoje e ontem/ No século passado, Monark era bicicleta. Nos tempos modernos, celebridade na internet, daquelas que só saem da bolha e se tornam realmente famosas quando cometem alguma gafe ou crime. Nazismo nunca mais.

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