O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), se tornou alvo de uma notícia-crime protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) após ter chamado dois assessores nordestinos de “pau de arara” durante uma live realizada na última quinta-feira (3/2). A expressão é considerada preconceituosa.
A notícia-crime foi protocolada pelo advogado pernambucano João Arnaldo Novaes, pré-candidato ao governo do estado pelo PSOL. O pedido é pela remoção do conteúdo das redes sociais do presidente, já que foi durante uma live do presidente.
Na ocasião, Bolsonaro confundiu a origem do Padre Cícero, ao comentar sobre a revogação dos decretos de luto. O chefe do Executivo citou o estado de Pernambuco como procedência do religioso. Ao tentar confirmar a informação com assessores, ele se irritou e os chamou de "pau de arara".
No documento, o advogado ressalta que a prática de xenofobia pelo presidente Bolsonaro não é nova. "já que o Sr. Jair Bolsonaro costuma, sempre que possível, utilizar expressões e termos depreciativos ao se referir aos nordestinos. No ano de 2019, já no exercício da presidência da República, o presidente se referiu aos governadores do Nordeste como 'paraíba'".
"A xenofobia contra os nordestinos nos últimos anos tem sido banalizada em redes sociais, inclusive por personalidades públicas, mas, em especial, a maior autoridade do país, de uma forma tão relevante e criminosa que hoje muitos xenofóbicos não fazem a menor questão de esconder seus preconceitos", completou Novaes no documento.
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