A aposta do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), para as eleições deste ano é um segundo turno com Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva no páreo. Mas o confronto final, segundo ele, será pela menor rejeição da população. Na última pesquisa Datafolha, de dezembro, o atual presidente da República indicou que 60% dos entrevistados não o escolhem para reeleição, enquanto Lula acumula rejeição de 34%. Ciro analisa que o cenário é proveniente de uma "polarização jamais vista na história".
"Acho impossível Lula e Bolsonaro não estarem no segundo turno. Vai ser uma disputa de rejeição", disse. "Acho que quem tiver maior capacidade de trazer esperança para as pessoas e de mostrar o que aconteceu, o que foi feito e o que pode ser feito é quem vai ganhar essa eleição. E por isso acredito na reeleição do presidente", declarou, em entrevista à Band no último domingo (6).
Em defesa de Bolsonaro, ele afirmou que o foco do chefe do Executivo não é de alimentar um clima de instabilidade, mas de trabalhar pelas questões que não melhoram a vida da população. "O país não vai voltar a ter instabilidade como tínhamos naquela época [quando o presidente ameaçou o Supremo Tribunal Federal, nas vésperas do Sete de Setembro no ano passado]. Não temos condição, nós não temos o direito", comentou.
No passado, Ciro já se posicionou de forma contrária a Bolsonaro, inclusive o chamando de "facista", porém garantiu que suas opiniões eram direcionadas ao então deputado e não ao presidente. Em resposta aos questionamentos sobre a mudança de postura, o ministro disse que agora sua "avaliação é completamente diferente e [que ele tem] uma admiração e um orgulho de estar ao lado do presidente nesse momento".
Outra aposta de Ciro para este ano é que, na época das eleições, a rejeição a Lula irá crescer, principalmente quando o petista "aparecer com quem vai governar". Presidente do Progressistas (PP), um dos principais partidos do Centrão, o ministro da Casa Civil confirmou que os parlamentares da sigla não estarão autorizados a apoiar o petista, mas que poderão manter parceria com aliados da legenda.
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