Os senadores Alvaro Dias (PR), Oriovisto Guimarães (PR), Eduardo Girão (CE), Jorge Kajuru (GO), Flávio Arns (PR), Lasier Martins (RS) e Styvenson Valentim (RN) protocolaram, na Procuradoria Geral da República, um pedido para apurar o suposto abuso de autoridade por parte de Lucas Rocha Furtado, subprocurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União.
Furtado tem questionado as atividades de Sergio Moro na iniciativa privada, após deixar o governo Bolsonaro. Na última semana, o subprocurador pediu o bloqueio de bens do ex-ministro da Justiça, como medida cautelar em uma suposta sonegação de impostos sobre os pagamentos recebidos pela consultoria americana Alvarez & Marsal
Na representação encaminhada à PGR, os parlamentares do Podemos apontam que, além de Furtado não ser o responsável direto pela averiguação, teria ignorado normas e pareceres internos do Tribunal de Contas da União (TCU).
"As acusações contra Sergio Moro formam parte de uma latente e contínua estratégia de assédio judicial direcionado", escreveram.
"Nenhuma autoridade pública pode abusar dos poderes que lhe tenham sido atribuídos para prejudicar ou beneficiar outrem ou por mero capricho ou satisfação pessoal. E uma atitude tão idiossincrática como a relatada só pode representar o cúmulo da pessoalidade", frisaram à PGR.
Recentemente, Bruno Dantas escreveu em seu Twitter que a régua da Justiça "não muda de uma hora para outra". Ao Correio, o ministro afirmou que a investigação está pendente de julgamento, mas que examinou os argumentos apresentados por Lucas Furtado e tinham elementos pertinentes. "No caso dos autos, posso afirmar que examinei fundamentadamente cada requerimento dos dois membros do Ministério Público que protocolaram peças processuais. Entendi que muitos pedidos eram pertinentes e outros não, o que é da dinâmica processual", afirmou.
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