A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) passou cerca de cinco meses inspecionando o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) antes da crise que levou a 37 pedidos de exoneração às vésperas da prova do Enem de 2021. A informação foi confirmada em um ofício do Ministério da Justiça, em um documento de resposta do governo federal ao deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).
O ofício enviado pelo deputado buscava respostas a uma denúncia de servidores, de que um policial federal teria acessado o local de conferência das provas.
No ofício consta que a Abin produziu “um longo e completo relatório sobre a segurança dos ambientes e dos processos relacionados à produção de provas, como o Enem”. Quanto ao acesso às provas, foi esclarecido que as questões do exame são elaboradas e guardadas no local que é chamado de “sala segura” do Inep, onde apenas pessoas autorizadas podem entrar.
O deputado questionou ao ministro da Justiça e Segurança Pública o motivo da entrada do policial, quem o teria autorizado e quais atos o policial praticou no recinto. Em resposta, o delegado da Polícia Federal, Eduardo Adolfo do Carmo Assis assegurou que o perito criminal apenas “verificou se o ambiente possuía condições mínimas de seguranças” e ressaltou que “não houve acesso ou sequer pedido de acesso às provas ou questões que compunham o Exame Nacional do Ensino Médio”.
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