Crise no Inep

Ofício enviado a deputado confirma que Abin inspecionou Inep antes da crise do Enem

Em 2021, 37 pedidos de exoneração foram realizados na véspera da prova. Ofício confirma que Abin passou cinco meses inspecionando Inep.

Taísa Medeiros
postado em 04/02/2022 19:17
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) passou cerca de cinco meses inspecionando o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) antes da crise que levou a 37 pedidos de exoneração às vésperas da prova do Enem de 2021. A informação foi confirmada em um ofício do Ministério da Justiça, em um documento de resposta do governo federal ao deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).

O ofício enviado pelo deputado buscava respostas a uma denúncia de servidores, de que um policial federal teria acessado o local de conferência das provas.

No ofício consta que a Abin produziu “um longo e completo relatório sobre a segurança dos ambientes e dos processos relacionados à produção de provas, como o Enem”. Quanto ao acesso às provas, foi esclarecido que as questões do exame são elaboradas e guardadas no local que é chamado de “sala segura” do Inep, onde apenas pessoas autorizadas podem entrar.

O deputado questionou ao ministro da Justiça e Segurança Pública o motivo da entrada do policial, quem o teria autorizado e quais atos o policial praticou no recinto. Em resposta, o delegado da Polícia Federal, Eduardo Adolfo do Carmo Assis assegurou que o perito criminal apenas “verificou se o ambiente possuía condições mínimas de seguranças” e ressaltou que “não houve acesso ou sequer pedido de acesso às provas ou questões que compunham o Exame Nacional do Ensino Médio”.

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