A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos realizou, nesta quinta-feira (3/2), uma audiência pública sobre as prioridades na relação com outros países das Américas. A sessão teve início ao meio-dia, horário de Brasília, e foi transmitida ao vivo pelo canal da comissão no YouTube. Estiveram presentes Brian Nichols, secretário-assistente para as Américas do Departamento de Estado e Todd Robinson, do escritório de Direito Internacional e Narcóticos, além de deputados do parlamento estadunidense.
Nichols afirmou que espera que o Brasil realize eleições “livres, justas e transparentes” no fim do ano, em resposta a um questionamento do deputado federal democrata Brad Sherman, da Califórnia, a respeito da erosão da democracia pelo presidente Bolsonaro, os direitos humanos no Brasil e as políticas ambientais que ameaçam a Amazônia.
“O Brasil é um parceiro forte e importante para nós, na região e globalmente. É, atualmente, um membro não-permanente do Conselho de Segurança e estamos trabalhando próximos a eles em uma ampla gama de assuntos”, afirmou o secretário-assistente.
Nichols continuou: “O Brasil tem uma democracia robusta e bem-desenvolvida. Vão realizar eleições no fim do ano, e esperamos que essas eleições sejam livres, justas e transparentes. Temos engajado frequentemente com o governo brasileiro em múltiplos níveis sobre questões de democracia, direitos humanos e o estado de direito, bem como apoio aos nossos vizinhos na região, como o Haiti”.
O secretário-assistente para as Américas ainda comentou que os Estados Unidos irão compartilhar lições sobre a invasão do Capitólio com o Brasil.
“A administração Biden-Harris está comprometida em trabalhar com parceiros pelo mundo, particularmente em nosso hemisfério [nas Américas]. A democracia é um princípio-chave em nossas relações com todos os países em nosso hemisfério. Temos um diálogo robusto com o Brasil”, acrescentou Nichols, que garantiu que o diálogo será intensificado com a aproximação da Cúpula das Américas em junho.
“Vamos continuar falando sobre a importância compartilhada da democracia. Vamos continuar compartilhando as lições da nossa própria experiência do 6 de janeiro [de 2021, dia da invasão do Capitólio]. E vamos continuar trabalhando para apoiar a democracia com todos os nossos parceiros, e isso inclui o Brasil”, disse.
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