De olho nas eleições de outubro, três dos principais pré-candidatos à Presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o ex-ministro Sergio Moro (Podemos) e o ex-governador Ciro Gomes (PDT), escolheram seus marqueteiros.
Lula optou por Augusto Fonseca, da MPB Estratégia & Criação, para comandar sua campanha. Ele já trabalhou para Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1994; e com o próprio petista, em 2002, subordinado ao publicitário Duda Mendonça. Participou, ainda, da campanha de Aécio Neves (PSDB), em 2014, e de Ciro Gomes, em 2018.
O argentino Pablo Nobel foi o escolhido de Moro. Ele integrou a AM4, agência que coordenou a campanha digital do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Há 40 anos no Brasil, o publicitário já trabalhou com marqueteiros como João Santana, responsável por diversas campanhas do PT.
Marqueteiro de campanhas de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff ao Planalto, João Santana será o responsável pela comunicação de Ciro Gomes. Ele já deu uma mostra do tom que será adotado na corrida eleitoral: a intenção é passar a imagem de que o pedetista é "rebelde".
Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi apresentado a vários nomes, mas ainda não bateu o martelo. Em dezembro do ano passado, o chefe do Executivo chegou a afirmar que não contratará um marqueteiro para a disputa pela reeleição.
O cientista político André César explicou que uma boa equipe de marketing é fundamental nas eleições. "É uma campanha muito complexa, com várias dimensões e vertentes. Tem de profissionalizar ao máximo, e a questão do marketing é central nisso", disse.
Especialista em marketing político, Janiel Kempers mencionou o impacto das redes sociais nas campanhas. "Desde as eleições de 2018, as rodas de conversas saíram das esquinas e foram para as plataformas como WhatsApp, Facebook e Instagram. Hoje, nós temos boa parte do eleitorado representado de alguma forma dentro das mídias sociais", frisou.
*Estagiários sob supervisão de Cida Barbosa
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