Vazamento de dados

Barroso diz que presidente da República vazou dados sigilosos

Em videoconferência no início da noite desta terça-feira (1º/2), o ministro declarou que o presidente divulgou dados que "auxiliam milícias digitais e hackers de todo mundo que queiram tentar invadir nossos equipamentos"

Taísa Medeiros
postado em 01/02/2022 20:39 / atualizado em 01/02/2022 20:43
O ministro Luís Roberto Barroso -  (crédito: Carlos Moura/SCO/STF)
O ministro Luís Roberto Barroso - (crédito: Carlos Moura/SCO/STF)

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou na abertura dos trabalhos de 2022, após período de recesso e férias dos ministros, que o chefe do Executivo, Jair Bolsonaro, vazou dados sigilosos que constavam em inquérito da Justiça Eleitoral, no ano passado.

"Informações sigilosas que foram fornecidas à Polícia Federal, para auxiliar uma investigação, foram vazadas pelo próprio Presidente da República em redes sociais, divulgando dados que auxiliam milícias digitais e hackers de todo mundo que queiram tentar invadir nossos equipamentos", declarou o ministro.

Barroso prosseguiu: "Tivemos que tomar uma série de providências de reforço da segurança cibernética dos nossos sistemas para nos protegermos. Faltam adjetivos para qualificar a atitude deliberada de facilitar a exposição do processo eleitoral brasileiro a ataques de criminosos". A declaração foi feita em videoconferência no início da noite desta terça-feira (1º/1).

Bolsonaro havia sido intimado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, a depor na Superintendência da Polícia Federal, no Distrito Federal, às 14h da última sexta-feira (28/01), após chegar ao fim o prazo de adiamento solicitado pela Advocacia Geral da União (AGU). O presidente da República, que não compareceu ao depoimento, deveria prestar esclarecimentos sobre o vazamento de informações sigilosas em relação a um ataque hacker aos servidores do TSE.

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