PLANALTO

Bolsonaro falta à sessão de reabertura do STF e sobrevoa áreas atingidas pelas chuvas em SP

A justificativa do chefe do Executivo foi lida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, durante o início de seu discurso

Ingrid Soares
postado em 01/02/2022 11:17 / atualizado em 01/02/2022 11:18
 (crédito: EVARISTO SA/AFP)
(crédito: EVARISTO SA/AFP)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) faltou nesta terça-feira (1/2) à sessão de abertura do ano do Supremo Tribunal Federal (STF). Conforme já previsto, o chefe do Executivo enviou ao presidente da Corte, Luiz Fux, uma justificativa por escrito, informando que não participaria do evento, que ocorreria por meio de videoconferência, uma vez que ele cumpriria agenda sobrevoando cidades atingidas pelas fortes chuvas em São Paulo próximo ao horário da solenidade.

"Informo que em, decorrência de viagem, para sobrevoar as cidades de SP atingidas pelas fortes chuvas, o excelentíssimo senhor presidente da República Jair Bolsonaro não pode comparecer a essa sessão solene e enviou seus cumprimentos e uma missiva justificativa", informou Fux no início de seu discurso.

Embora não conste em sua agenda oficial, Bolsonaro deverá ser acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e do secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, no sobrevoo. Em seguida, a previsão é de que eles se reúnam com prefeitos das cidades mais afetadas pelos desastres naturais por volta do meio-dia.

A ausência do presidente na abertura do ano Judiciário ocorre ainda em meio a mais uma crise. Bolsonaro ignorou na última sexta-feira (28) a determinação do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) e não compareceu ao depoimento no âmbito da investigação sobre supostos vazamentos de documentos sigilosos em relação a um ataque hacker aos servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na sede da Polícia Federal. A corporação afirmou que Bolsonaro teve "atuação direta, voluntária e consciente" ao compartilhar documentos sigilosos, conforme consta em documento enviado à Corte, pela delegada Denisse Ribeiro, responsável pela investigação. 

O presidente afirmou em "declaração" escrita à Polícia Federal (PF) que exerceu o "direito de ausência" ao não comparecer às oitivas.

 

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