O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) lamentou, nesta terça-feira (25/1), a morte do escritor Olavo de Carvalho, 74 anos. Ele estava internado em um hospital de Richmond, Virgínia, nos Estados Unidos, e morreu nesta madrugada. Por meio das redes sociais, o general elogiou o guru bolsonarista, afirmando que sua partida “deixa uma lacuna no pensamento brasileiro”.
“Independentemente da diferença de opinião, o desaparecimento do Professor Olavo de Carvalho deixa uma lacuna no pensamento brasileiro. Defensor intransigente da liberdade e livre iniciativa, fundamentos da democracia, ele sustentou valores conservadores caros à nossa sociedade”, escreveu.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) lembrou o negacionismo de Olavo diante da covid-19. “Olavo de Carvalho negou o vírus, escarneceu dos mortos, não se vacinou, morreu do vírus e será sepultado na Terra redonda”, postou. "Mas ainda assim, ao contrário dele, não festejo sua morte. Lamento todas as mortes e as vítimas da Covid e deploro ainda mais o negacionismo que as provocou", completou uma hora depois.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou a morte de seu ex-conselheiro, dizendo que o professor foi um “farol para milhões de brasileiros”. “Olavo foi um gigante na luta pela liberdade e um farol para milhões de brasileiros”.
O Palácio do Planalto, que não comentou a morte recente da cantora Elza Soares, 91 anos, conhecida mundialmente, a exemplo de Bolsonaro, abriu exceção e publicou uma nota oficial lamentando a perda do escritor, assinada pelo governo federal, Secretaria Especial da Cultura e Secretaria Especial de Comunicação Social, apontando que o professor teve “contribuição inestimável ao pensamento filosófico e ao conhecimento universal”.
“De contribuição inestimável ao pensamento filosófico e ao conhecimento universal, Olavo deixa como legado um verdadeiro apostolado a respeito da vida intelectual, com uma vasta obra composta de mais de 40 livros e milhares de horas de aulas. Entre suas inúmeras contribuições, defendeu a primazia da consciência individual; apresentou uma inédita e inigualável teoria sobre os quatro discursos aristotélicos; teceu valiosas considerações sobre o conhecimento por presença e originais análises sobre as etapas do desenvolvimento da personalidade humana; além de inúmeras outras contribuições que inspiraram e influenciaram dezenas de milhares de alunos e leitores — inclusive, levando muitos à conversão à fé, segundo incontáveis relatos.”
“Olavo de Carvalho oxigenou o debate público brasileiro e inseriu no mercado editorial do país e popularizou centenas de autores”, completou em outro trecho.
O ex-ministro das Relações Internacionais, Ernesto Araújo, se solidarizou e o homenageou Olavo por meio de um poema.
O vereador Carlos Bolsonaro (PSL-SP) ressaltou que o escritor teve grande influência no clã Bolsonaro.
"Grande foi a sua influência em nossas vidas, não apenas em politica, mas também através de ensinamentos valorosos e inúmeras amizades geradas por convergência de valores. Muitas lições e até mesmo críticas (sempre com a melhor das intenções) nos ajudaram a refletir e crescer."
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) retuitou a mensagem do pai lembrando a morte do escritor.O deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) postou que "aqui na Terra seus livros, vídeos e ensinamentos permanecerão por muito tempo ainda".
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) destacou que a obra do bolsonarista "continuará viva".
O Brasil perde um de seus gigantes, mas sua obra continuará VIVA.
Estará para sempre na mente e no coração do nosso povo, professor. Gratidão.
Minha solidariedade à Roxane e família. Que Nosso Senhor console seus corações e dos milhões de brasileiros que aprenderam a amá-lo. pic.twitter.com/TDvRg3vd3w
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) January 25, 2022 ">
Já o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), lembrou de uma declaração recente do presidente Bolsonaro, que afirmou que o número de mortes de crianças por covid-19 é "insignificante".