Família e parlamentares lamentaram nesta sexta-feira (21/1), por meio das redes sociais, a morte de Dona Olinda, 94 anos, mãe do presidente Jair Bolsonaro. Ela morava em Eldorado (SP) e estava internada desde segunda-feira (17), no Hospital São João, em Registro, interior de São Paulo.
O anúncio de sua morte foi dado pelo próprio presidente. Ele cumpriria agenda hoje em Georgetown, com o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, e cancelou a agenda para retornar ao país. Ele deve desembarcar na capital paulista por volta das 13h30. O corpo será velado e enterrado em Eldorado.
"Sra. Olinda Bonturi Bolsonaro. Com pesar o passamento da minha querida mãe. Que Deus a acolha em sua infinita bondade. Nesse momento me preparo para retornar ao Brasil”, escreveu na legenda, publicando ainda vídeos com momentos ao lado da mãe e de seu último encontro com ela, em agosto. A causa da morte não foi informada.
O irmão do presidente, Renato Bolsonaro, publicou uma série de fotos com a mãe e fez um texto emocionado, afirmando que, se pudesse, pediria mais umas horas com ela. "Podem passar eternidades, mas a sua memória jamais será apagada e o seu legado jamais será esquecido", escreveu.
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, publicou nos stories do Instagram um trecho bíblico de Apocalipse 21;4. "E Deus limpará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas". "Em oração pela família", completou.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) lamentou a morte da avó e escreveu: "Vó, olhe por nós aí junto de Deus! Muito obrigado por tudo!".
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) postou: "Owwwww meu Grande Pai!!!!"
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), escreveu: "Lamentavelmente faleceu minha avó Olinda. Que Deus a receba da melhor maneira possível. Na memória momentos doces da minha infância até os mais recentes com ela e sua risada peculiar".
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Jair Renan Bolsonaro postou uma foto acompanhada de um símbolo de luto. Na imagem, ele aparece com a avó segurando-o no colo ainda bebê ao lado do pai, Bolsonaro.
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) manifestou os pêsames pela perda da família.
A Secretaria Especial de Comunicação Social do Planalto publicou uma nota de pesar, dizendo que “une-se a toda a equipe de Governo e aos brasileiros em condolências e orações pelo falecimento da senhora Olinda Bonturi Bolsonaro, mãe do Presidente Jair Bolsonaro. Que Nosso Senhor acolha a alma de Dona Olinda e ampare o senhor Presidente da República e demais familiares”.
Ministros do governo também lamentaram a morte da matriarca do presidente e prestaram solidariedade. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, escreveu que Dona Olinda teve uma vida longa e feliz: "Um exemplo a ser seguido por sua força e coragem".
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, desejou força à família e afirmou que Bolsonaro foi um filho extraordinário. "Dona Olinda Bolsonaro, a mãe que ele tanto amou e honrou, foi para o céu. Que Deus console toda família. O senhor foi um filho extraordinário Presidente".
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) fez votos de que a família possa ser confortada por Deus.
Já ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse ter fé de que a mãe do presidente está "com os eleitos junto de Deus" e desejou força ao mandatário. "O amor dos filhos é evidência de vida justa na terra e galardão no céu".
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, também desejou conforto à família em meio ao momento difícil.
O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, foi outro a prestar condolências.
Fabio Faria, ministro das Comunicações, escreveu que a perda é um sentimento que exige força e fé.
E Gilson Machado, chefe da pasta do Turismo, postou um vídeo em aparece tocando sanfona para a mãe do presidente.
Acima das divergências
O pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT), prestou condolências e afirmou nas redes sociais que a morte de um ente querido supera divergências políticas.
Na mesma linha, o presidenciável Sergio Moro (Podemos) escreveu que divergências devem ser postas de lado diante da dor humana.
"Divergências profundas não podem ser maiores do que o respeito pela dor humana. Meus sentimentos ao presidente da República pela perda da mãe", escreveu.
Também pré-candidato ao Planalto, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prestou solidariedade.
Mãe de sete filhos
Em agosto do ano passado, quando Bolsonaro fez uma visita à mãe, o chefe do Executivo disse que ela estava doente e tinha lapsos de memória.
"Minha mãe está com 94 anos, por assim dizer, ela não me reconhece mais. Teve um problema grave de sangramento nos últimos dias e eu resolvi visitá-la porque pode ser, né, que seja a última vez. É a vida, é o nosso destino e quem tem mãe viva com essa idade sabe dos problemas e do que nós devemos a ela. Teve sete filhos, morou em várias cidades daqui do Ribeira. Naquele tempo, você era dona de casa ou professora. E ela foi uma excelente dona de casa. Praticamente além de bons professores, da boa educação naquela época, ela nos ajudou muito também em casa”.
Ao ser questionado na data se havia um diagnóstico fechado, Bolsonaro disse tratar-se de problemas de idade. "É a idade. Parece que ela tem um esquecimento né, que, infelizmente, para muitas pessoas com essa idade, chega. Ela sorri o tempo todo, está de bom humor", acrescentou na data.