Eleições

Moro desafia Lula a debater 'a qualquer hora, sobre o mensalão e o petrolão'

Ex-juiz usou as redes sociais para recusar convite do grupo de advogados Prerrogativas, alegando que só aceita debater com Lula, "o chefe de vocês"

O pré-candidato Sergio Moro (Podemos) usou as suas redes sociais para desafiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a um debate. No Twitter, o ex-juiz recusou o convite feito pelo grupo de advogados Prerrogativas para um debate público, mas convidou Lula a discutir, “a qualquer hora, sobre o mensalão e o petrolão”.

Moro foi às redes sociais para comentar a informação publicada pela Folha de S.Paulo de que o advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, que integra o grupo Prerrogativas, é contra o projeto do ex-juiz e pré-candidato ao Planalto de reformar a Justiça.

“Vejo que o clube dos advogados pela impunidade quer debater. Desculpem, mas este é um clube do qual não quero participar. Mas debato com o chefe de vocês, o Lula, a qualquer hora, sobre o mensalão e o petrolão”, disse Moro na publicação.

A resposta veio junto a um vídeo com uma declaração de Mariz, em jantar com Lula, onde o advogado dizia: "O crime já aconteceu, o que adianta punir?"

O Prerrogativas, que reúne advogados e profissionais do Direito, se tornou um dos principais antagonistas da Lava-Jato e da candidatura do ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro. O grupo tem adotado como prática questionar o ex-juiz e responder a diversas de suas declarações.

"Coragem e espírito público"

Mais cedo, após ser criticado por Sergio Moro em redes sociais e em uma entrevista à revista Veja nesta sexta (14/1), o grupo desafiou o pré-candidato à Presidência a um debate público.

"Estamos convidando o ex-juiz Moro para um debate público sobre o sistema de Justiça. Queremos saber se ele tem coragem e espírito público para aceitar", disse o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo, à Folha.

No final do ano passado, o Prerrogativas organizou o jantar em São Paulo que reuniu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (ex-tucano), que poderão formar chapa para a eleição presidencial.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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