Microcrédito do BNB, a nova crise

Da mesma forma que o decreto sobre a execução orçamentária veio para dar poderes ao setor político na gestão dos recursos, um outro estudo interno do governo prevê o repasse do setor de microcrédito do Banco do Nordeste, uma das joias da coroa, para a
Caixa Econômica Federal. O tema é recorrente e, agora, volta no sentido de tentar
acabar com a disputa política nessa seara.

Os partidos começam a chiar, e a confusão promete ser grande, caso o presidente Jair Bolsonaro aceite a proposta: "Isso é um escândalo, querem tirar a carteira de microcrédito do BNB e extinguir o BNB, deixar o BNB como o Basa (Banco da Amazônia), atravessador de algum investimento. É um absurdo o que Valdemar (Costa Neto) está fazendo com o Nordeste. Não é possível que as bancadas do Ceará e do Nordeste não acordem para isso", indigna-se o ex-senador Eunício Oliveira.

O todo-poderoso
do ano eleitoral

O decreto que Bolsonaro editou, esta semana, para regulamentar a gestão orçamentária, sacramentou a permanência do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, no papel de articulador no ano eleitoral.

Missão principal

Caberá a Ciro manter o Centrão na órbita de Bolsonaro e evitar novos estresses, como aquele que, há alguns dias, tentou catapultar Flávia Arruda da Secretaria de Governo três meses antes da data em que os ministros devem deixar os cargos para concorrer às eleições.

O jogo de empurra
em Minas

Em reunião recente com prefeitos de municípios da região metropolitana de Belo Horizonte afetados pelas chuvas, o governador Romeu Zema disse que há pouca coisa que o estado pode fazer. E que muito depende de recursos dos ministérios de Desenvolvimento Regional e de Infraestrutura.

Frustração

Não era isso que os prefeitos esperavam. Estavam todos ávidos por ouvir do governador que, pelo menos, parte dos bilhões que o estado tem a receber da Vale fossem destinados à recuperação dos estragos causados pelas chuvas.

Copia aí, talkey?/ A decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que derrubou a vacina obrigatória, virou o grande trunfo do governo para rebater aqueles que defendem a obrigatoriedade da imunização contra a
covid no Brasil.

Por falar em vacina.../ O posto da UBS II, na Asa Norte, passou várias horas, ontem, com apenas uma pessoa na triagem dos pacientes e outra aplicando vacinas, o que fez com que muitos desistissem de tomar o imunizante. Esperar faz parte, ainda mais nesse período em que há intensa procura. Agora, mais de duas horas numa fila e apenas uma pessoa atendendo, realmente parece descaso.

...é preciso estar atento/ A situação só melhorou depois que a Secretaria de Saúde foi informada da situação pelo governador Ibaneis Rocha (foto). Porém, é bom a população se preparar, porque, diante da onda de
influenza e covid, muitos servidores
da saúde estão afastados. O momento
é difícil e requer paciência.

Em tempo/ A vacinação infantil terá postos específicos, para não misturar com os adultos nem deixar que a espera seja de duas horas. A UBS II, por exemplo, continuará no atendimento dos adultos.