INQUÉRITO DAS FAKE NEWS

PGR recomenda manutenção de investigação contra Bolsonaro por divulgação de fake news

No documento, enviado ao STF em outubro de 2021, procurador-geral da República, Augusto Aras, aponta que "os elementos colhidos demonstram a existência de anotações do selo de sigilo naquele procedimento, o que justifica a necessidade da manutenção da investigação"

Cristiane Noberto
postado em 31/01/2022 14:17 / atualizado em 31/01/2022 14:18
 (crédito:  Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Em um documento sigiloso, o procurador-geral da República, Augusto Aras, recomendou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que mantivesse a investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito sobre fake news contra o sistema eleitoral.

No documento, enviado à Suprema Corte em outubro de 2021, Aras aponta que "os elementos colhidos demonstram a existência de anotações do selo de sigilo naquele procedimento, o que justifica a necessidade da manutenção da investigação, inclusive para se chegar à alegada atipicidade”.

Ainda no ano passado, a defesa do presidente pediu ao STF que reconsiderasse a investigação e desse o prazo de 60 dias para se manifestar. O PGR, no entanto, recomentou que o pedido fosse rejeitado, mas Moraes concedeu o prazo solicitado.

“Por fim, considerando a existência de diligências pendentes de realização, o Ministério Público não se opõe ao pedido de novo prazo para a conclusão das investigações formulado pela autoridade policial. Em face do exposto, o procurador-geral da República manifesta-se pelo indeferimento do pedido de reconsideração, bem como pela concessão de 60 dias para a conclusão das investigações”, diz um trecho do documento.

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