Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou que deseja que a história o defina “como o homem que acabou com a pandemia”. Há mais de dez meses na gestão da pasta, Queiroga é o quarto ministro da Saúde do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ministro falou a respeito da pandemia no Brasil, onde a covid-19 deixou mais de 626 mil pessoas mortas. Como o momento mais difícil da gestão da pasta, o ministro definiu o pico da variante Gama, quando cerca de 4 mil pessoas vinham a óbito diariamente. “Isso é algo que, para nós, como médicos, lamentamos profundamente todos os óbitos, mais de 600 mil, uma emergência sanitária de importância internacional. Agora, particularmente, foi muito difícil para mim quando tivemos a notícia de uma perda de uma gestante. O Brasil colocou as gestantes de maneira pioneira na campanha nacional de imunização política de vacinação”, avaliou.
A respeito da ineficácia da hidroxicloroquina, tema polêmico para o governo de Bolsonaro, Queiroga reiterou a posição de que não há comprovação científica para o medicamento. “A gente tem que sair dessas questões que não mudam nada para o enfrentamento efetivo. Se tivesse que escolher uma coisa só? Vacina. Para que vou ficar discutindo questões que não são fundamentais?”, questionou.
O ministro projetou o pico de casos da variante Ômicron nas próximas três semanas, mas afirmou que não acredita que o país irá reviver um colapso do sistema. "Hoje, a probabilidade de ter um colapso do sistema de saúde é menor. Não só em relação a leitos. A nossa expectativa é que, nas próximas três semanas, tenhamos o pico, mas tem estados que já estão diminuindo”, projetou. Queiroga ainda diz que há estudos em andamento sobre a possibilidade de incluir a aplicação da quarta dose e a vacinação infantil no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
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