Pré-candidatos criticam

Taísa Medeiros
postado em 25/01/2022 06:00

Candidatos ao Palácio do Planalto avaliam que a peça orçamentária sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro não está de acordo com a realidade do país e beneficia apenas os aliados do chefe do Executivo.

O governador de São Paulo, João Doria, se manifestou por meio de sua equipe econômica. Em nota, o comitê afirmou que o Orçamento de 2022 deixa ao relento a maior parte da população brasileira. "As prioridades estão claras e elas são compostas por gastos eleitorais, pelo aumento salarial de parcelas específicas do funcionalismo público e pela manutenção de privilégios de alguns grupos de interesse", diz o texto.

Além disso, o comitê econômico avalia que a peça orçamentária nem reflete o planejamento das ações públicas nem as prioridades do governo no atendimento às demandas da população. "O Orçamento peca nos dois pontos. Delega ao Congresso a execução fragmentada de investimentos públicos que deveriam ser fruto de um plano consistente e coordenado de alocação de recursos. Em relação às prioridades, relega a segundo plano recursos que serviriam para gerar emprego e renda e aliviar a pobreza e a fome da população", afirma a nota.

Também teceu críticas à má distribuição de recursos o pré-candidato e senador da República Alessandro Vieira (Cidadania). "A má qualidade do Orçamento, que foi sequestrado pelo Centrão, está na raiz dos problemas brasileiros. Existe um forte componente eleitoreiro, com pulverização de investimentos para atender interesses paroquiais ou de corporações poderosas", disse o parlamentar ao Correio.

Já para o pré-candidato pelo partido Novo, Felipe d'Avila, o Brasil não tem orçamento de verdade. "O Orçamento reflete uma tragédia: como o corporativismo público e privado se apoderou do dinheiro dos pagadores de impostos. As emendas de relator e o orçamento secreto retratam que a única prioridade é a reeleição dos parlamentares e do presidente", disse. "O cidadão não faz parte da conta."

O ex-ministro da Defesa e ex-presidente da Câmara, Aldo Rebelo (sem partido) destacou a menor taxa de investimento da história. "Não há crescimento sem investimento. O orçamento foi destinado ao único objetivo que restou ao atual governo: sobreviver agarrado a uma bóia de urtiga chamada Centrão", opinou Rebelo.

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