Covid-19

Randolfe: CPI é único mecanismo que tem funcionado contra negacionismo do governo

Há cerca de duas semanas, o senador apresentou um pedido para a criação de nova CPI e conta com onze assinaturas

Agência Estado
postado em 23/01/2022 20:36 / atualizado em 23/01/2022 20:36
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), defendeu a abertura de nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Casa para apurar a atuação do governo federal na pandemia de covid-19. Há cerca de duas semanas, Randolfe apresentou um pedido para a criação de nova CPI e conta com onze assinaturas. Caso o requerimento alcance 27 assinaturas, o presidente do Senado pode determinar a abertura da comissão.

Neste sábado (22), após vir à tona nota técnica publicada pelo Ministério da Saúde em que o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, atribuiu eficácia à hidroxicloroquina no tratamento contra covid-19 e não às vacinas, Randolfe fez novo apelo a favor da comissão em suas redes sociais.

Segundo o senador, esse é o único mecanismo de pressão que tem funcionado para enfrentar a postura "negacionista" em relação à pandemia e é fundamental neste momento de agravamento da doença, aumento de hospitalizações, falta de testes e após o atraso na vacinação infantil.

"Aos críticos que dizem que não houve nem o resultado da primeira e questionam a abertura de outra CPI, eu digo que, ao menos durante a vigência da CPI anterior, houve pressão sobre o governo, diante da omissão do Ministério Público", disse ao Broadcast.

"Temos que investigar os crimes do governo Bolsonaro, senão os responsáveis sairão impunes", completou o senador que foi vice-presidente da CPI da Covid e também tem o mesmo cargo na Frente Parlamentar Observatório da Pandemia de Covid-19, criada para acompanhar os desdobramentos da comissão. O relatório da CPI da Covid recomendou o indiciamento de 66 pessoas, dentre elas, o presidente Jair Bolsonaro e o atual ministro da Saúde.

O líder da oposição no Senado ainda disse que combinou com o presidente da Comissão de Direitos Humanos, senador Humberto Costa (PT), a convocação de Hélio Angotti Neto e do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no retorno do recesso legislativo, na primeira semana de fevereiro. Segundo Randolfe, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, que sofreu ataques de Bolsonaro, também será convidado.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.