O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (12/1) que, se pudesse, ficaria livre da Petrobras. A declaração em referência à vontade de privatizar a estatal ocorreu durante entrevista à Gazeta Brasil ao ser questionado sobre o novo aumento dos combustíveis em vigor.
"Alguém acha que eu sou o malvadão, que foi aumentado o preço da gasolina e do diesel ontem porque sou o malvadão? Primeiro que não tenho controle sobre isso. Eu já falei algumas vezes, se pudesse, eu ficava livre da Petrobras, só que, como presidente da República, é o acionista majoritário, ele indica o presidente cujo nome passa pelo conselho. As medidas são tomadas lá dentro, levando-se em conta legislação do passado, PPI, paridade de preço internacional, é assim que acontecem as coisas", alegou.
Nessa terça-feira (11), no mesmo dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou a maior inflação em seis anos, 10,06%, a Petrobras divulgou aumento nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias a partir de hoje.
Segundo a estatal, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro. No caso do diesel, o preço subiu de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro.
Em outubro, o presidente disse ter "vontade de privatizar a Petrobras" devido às críticas recebidas pelo aumento dos combustíveis.
No mês seguinte, reafirmou a apoiadores a intenção de "fatiar" ou até "privatizar" a Petrobras.
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