Joice Hasselmann: 'Bolsonaro é o mais babaca que ocupou a Presidência'

Presidente minimizou a morte de crianças por COVID-19 e atacou a vacinação desta faixa etária

Ana Mendonça - Estado de Minas

postado em 06/01/2022 19:54 / atualizado em 06/01/2022 19:54

(crédito: Redes Sociais/Reprodução)

A deputada federal Joice Hasselmann (PSDB-SP), antiga aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL), repudiou as falas do chefe do Executivo, que atacou a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra COVID-19.

De acordo com a tucana, Bolsonaro é “oligofrênico”. “O pior e mais babaca de todos os que ocuparam a Presidência da República. Ponto!”, escreveu.

 

Sobre as declarações de Bolsonaro questionando a @anvisa_oficial por conta da vacinação de crianças: Bolsonaro é oligofrênico. O pior e mais babaca de todos os que ocuparam a presidência da República. Ponto!

— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) January 6, 2022

Mais cedo, o presidente minimizou a mortes de crianças pela doença, dizendo que o número de vítimas infantis da COVID-19 é "quase zero".

No Brasil, 308 crianças morreram em decorrência da doença desde a chegada do coronavírus até 6 de dezembro de 2021, o que, em 21 meses de pandemia, significa 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias.

A declaração do presidente foi feita durante entrevista à TV Nova Nordeste, onde ele também questionou os interesses da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em aprovar a vacinação infantil e chamou quem defende a imunização de "tarados por vacinas".

"Você vai vacinar o teu filho contra algo que o jovem por si só, uma vez pegando o vírus, a possibilidade de ele morrer é quase zero? O que que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse das pessoas taradas por vacina?", declarou Bolsonaro na entrevista.

A venda, distribuição e disponibilização da vacina da Pfizer contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos foram autorizadas pela Anvisa no mês passado.

Na tarde de ontem, após consulta pública, o Ministério da Saúde incluiu a vacinação de crianças no Plano Nacional de Imunização (PNI) e recuou, já que não vai mais determinar a obrigatoriedade de receita médica.