O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que no primeiro turno das eleições de 2018 as pessoas iam apertar o 17, número dele no pleito, e “aparecia a cara do Lula na urna ou dava o encerramento das eleições sem (o eleitor) saber em quem votou”. A afirmação, que foi apresentada sem provas, foi dita durante uma live pelas redes sociais do presidente na quinta-feira (30/12).
A resposta foi dada a uma apoiadora, que questionou Bolsonaro se o Brasil terá problemas de liberdade de expressão nas redes sociais em 2022, durante o pleito eleitoral. O presidente disse que o lado dele “já está sofrendo isso aí”. “Existe muita desconfiança do sistema eleitoral”, garante.
O presidente segue no assunto e passa a criticar a cassação do mandato do deputado estadual Fernando Francischini (Solidariedade-PR), decidida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em outubro deste ano. O deputado, que é apoiador do presidente, fez uma live no dia das eleições espalhando a notícia falsa de que duas urnas estavam fraudadas e não aceitavam votos em Bolsonaro.
“Faltavam 10 minutos para terminar as eleições de 2018 e ele (Francischini) questionou que quando as pessoas iam apertar o 17, aparecia a cara do Lula ou dava o encerramento das eleições sem saber em quem votou. Isso é verdade, isso aconteceu. Eu vi acontecer também, e muita gente de confiança trouxe isso”, garante o presidente.
Mais uma vez, Bolsonaro não apresentou provas. Vale lembrar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não disputou as eleições de 2018 e imagens dele não apareciam nas urnas eleitorais. Após ser preso, Lula deixou a corrida presidencial e foi substituído por Fernando Haddad (PT).