Após quase cinco meses, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, enfim, realiza a sabatina, nesta quarta-feira (1º/12), do ex-advogado-geral da União André Mendonça. O pastor evangélico foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro à vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, em julho. A expectativa é de que ele seja aprovado, mas com o placar apertado.
A relatoria está a cargo da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) — será a primeira vez que uma parlamentar relatará uma indicação para o Supremo. Em parecer protocolado ontem, ela afirmou que Mendonça cumpre os requisitos previstos na Constituição para assumir o cargo.
Para garantir a aprovação, evangélicos formaram uma força-tarefa de no Congresso. Há mais de uma semana, um grupo de 54 pastores e parlamentares liga, diariamente, para os políticos pedindo votos ao ex-AGU. Mendonça precisa da maioria simples dos votos na CCJ. Se aprovado, o nome dele será submetido ao plenário da Casa, onde necessita do apoio de 41 dos 81 senadores. Se o ex-AGU receber o aval da Casa, a cerimônia de posse no STF deve ser realizada até 17 de dezembro, último dia das atividades da Corte neste ano.
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