GOVERNO DE SÃO PAULO

Sem Alckmin, PSD avança negociações para candidato próprio ao governo paulista

Movimentação ocorre desde que o preferido do partido para a vaga, o ex-governador Geraldo Alckmin, iniciou o diálogo com o PT, deixar o PSDB e negociar sua filiação ao PSB

Agência Estado
postado em 31/12/2021 18:14
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, declarou que o partido já está "avançando na definição de uma candidatura própria" para o governo de São Paulo em 2022. De acordo com ele, essa movimentação ocorre desde que o preferido do partido para a vaga, o ex-governador Geraldo Alckmin, iniciou o diálogo com o PT, deixar o PSDB e negociar sua filiação ao PSB.

Em entrevista à rádio CBN, Kassab afirmou que não é do interesse do partido ter Alckmin na sigla caso a aliança com os petistas se confirme. "Não teria nenhum sentido você trazer alguém para ser candidato a vice", pontuou. Ele ressaltou que o objetivo do partido é a construção de um projeto nacional com base em candidaturas próprias à presidência da República e ao governo paulista.

O PSD pretende lançar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), ao Planalto, apesar de o parlamentar ainda não ter confirmado sua candidatura. É uma postura "cuidadosa e habilidosa" do senador, avaliou Kassab. O líder do partido, contudo, reafirmou que, por enquanto, a sigla trabalha apenas com o nome do mineiro para as eleições presidenciais.

Sobre o fraco desempenho de Pacheco nas pesquisas, Kassab afirmou que os números não o preocupam. "Todo candidato quando sai pela primeira vez, ele começa do zero. Ele (Pacheco) ainda nem saiu. O importante é que, se ele se definir pela candidatura, ele comece, aí sim, a se apresentar para o Brasil", disse.

Insatisfação

Kassab não escondeu a insatisfação ao ser questionado sobre o histórico de Pacheco. Após perguntas sobre a aproximação do presidente do Senado com o presidente Jair Bolsonaro durante o início de seu mandato, e da postura de Pacheco com relação ao "orçamento secreto", quando o presidente do Senado evitou comentar o caso, Kassab afirmou que não sabia que estava em um debate. "Entendo que entrei em um debate, não em uma entrevista".

Na defesa de Pacheco, Kassab afirmou que quando o projeto que previa as emendas do relator foram aprovadas no Senado, Pacheco não era presidente da Casa. "Ele não tem nenhum papel na condução dessas emendas", reforçou.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.