O pré-candidato à Presidência e ex-juiz Sergio Moro (Podemos) declarou nesta quarta-feira (29/12) que a Operação Lava-Jato combateu o PT de maneira eficaz e efetiva, mas, em seguida, mudou de tom.
Em entrevista à Rádio Capital FM, de Mato Grosso, Moro discutia o apoio de parlamentares de seu partido ao governo do presidente Jair Bolsonaro. "Como é que a gente pode defender um governo desse? Com pessoas [com fome] na fila de ossos, um governo que foi negligente com as vacinas, um governo que ofende as pessoas, um governo que desmantelou o combate à corrupção."
O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro complementou: "Tudo isso por medo do quê? Do PT? Não. Tem gente que combateu o PT na história de uma maneira muito mais efetiva, muito mais eficaz. A Lava -Jato."
Logo depois, porém, Moro recuou e disse que a operação apenas descobriu "os esquemas de corrupção e mostrou o que o PT verdadeiramente é".
Antes de abandonar a magistratura para assumir o Ministério da Justiça de Bolsonaro, Moro ficou conhecido por comandar, entre março de 2014 a novembro de 2018, em primeira instância, a análise dos processos relacionados aos crimes identificados na Operação Lava-Jato, envolvendo grande número de políticos, empreiteiros e empresas.
Neste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu que Sergio Moro, então juiz da 13ª Vara Federal, foi parcial ao condenar o ex-presidente Lula (PT) no processo do triplex do Guarujá. A decisão sobre a parcialidade de Moro foi estendida às outras ações, que acabaram suspensas, como a do sítio de Atibaia e Instituto Lula.
Em novembro, o Ministério Público Federal do Distrito Federal pediu o arquivamento do processo em que o ex-presidente Lula chegou a ser condenado por supostamente ocultar ser o proprietário de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral paulista. Segundo a Procuradoria, a possibilidade para uma eventual pena prescreveu.
*Estagiário sob supervisão de Vinicius Nader
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