Reunido com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (15/12), para tratar sobre o passaporte da vacina, o governador do São Paulo João Doria (PSDB) foi questionado sobre a possível aliança entre o ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin na corrida eleitoral de 2022. O tucano afirmou que se Alckmin se alinhar ao governo petista, automaticamente, também se tornará um adversário.
“Ele tomou a decisão de se desfiliar e é a sua decisão. Aonde ele deseja se filiar novamente e quem ele deseja apoiar eleitoralmente. Eu serei adversário de Lula e circunstancialmente de Geraldo Alckimin. Se ambos fizerem uma chapa para disputar a presidência da República, eu estarei em outro campo. No campo contrário”, disse em coletiva de imprensa.
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) se desfiliou do PSDB nesta quarta-feira (15/12) após mais de 33 anos na sigla. Ele entregou a carta de desfiliação ao diretório municipal do partido que ajudou a fundar. Pelo Twitter, Alckmin anunciou a despedida e falou sobre "novo tempo".
Doria afirmou que, como presidenciável, vai combater a chapa Lula-Alckmin. “Respeito, se essa decisão for consolidada pelo ex-governador Geraldo Alckmin ao lado do ex-presidente Lula, mas serei combativo. Não só em relação à Lula. Mas se ele tiver ao seu lado, serei educado como sempre fui, mas serei combativo a essa opção. O Brasil já viveu o pesadelo do PT e está vivendo o pesadelo bolsonarista”, destacou.
Doria provocou: “Não cabe a mim a análise do estranho ou não. Mas alguém que, durante 33 anos combateu o PT e repentinamente se associou ao PT, a classificação são vocês que devem fazer e a população também”.
Chapa Doria-Moro
João Doria e Moro, dois pré-candidatos à presidência da República para o ano que vem, também tem mantido conversas sobre o futuro politico. O tucano afirmou que tem conversado com o ex-juiz da Lava Jato sobre uma possível aliança no ano que vem. Ele denominou a união como “melhor via”.
“Estabelecemos que estamos no mesmo campo de atuação. Em defesa do Brasil e dos brasileiros. Centro-democrático-liberal-social. Distante dos extremos e devemos prosseguir no bom diálogo e no bom entendimento tendo em vista lá adiante. No final do mês de abril ou início de maio, teremos uma avaliação sobre a chamada melhor via”, disse. “Não chamo nem de terceira via. Chamo a melhor via que possa trazer esperança para o país que não precisará viver o pesadelo de enfrentar um segundo turno com uma opção entre Lula e Bolsonaro”, concluiu Doria.
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