O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira (15/12), que o "certo" é não reduzir o preço do combustível no país porque "o consumidor vai sofrer menos na ponta da linha". O chefe do Executivo reclamou ainda que os valores das reduções não chegam à população e voltou a culpar governadores.
"Zeramos o PIS/Cofins do diesel por dois meses, fomos buscar fonte alternativa de receita. O que aconteceu na maioria dos estados? Não diminuiu o preço do diesel. A maioria dos governadores até aumentou o ICMS em plena pandemia", disse o presidente durante Fórum Moderniza Brasil - Ambiente de Negócios, um encontro com empresários brasileiros ocorrido em São Paulo, na sede da Fiesp.
"Assim como foi diminuído ontem (dia 14) R$ 0,10 centavos, se daqui a 15 dias nós aumentarmos R$0,01 centavo, vai aumentar. Então, como eu não interfiro na Petrobras, o certo é não diminuir o preço, deixa como está, porque o consumidor vai sofrer menos na ponta da linha. Esperamos que o STF decida essa questão", completou.
Bolsonaro alegou ainda que quando a Petrobras diminui o preço do combustível, o valor não cai devido ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos governos estaduais. A partir desta quarta, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,19 para R$ 3,09 por litro, conforme anunciou a Petrobras no último dia 14. Com o reajuste, há redução média de 3,13% ou de R$ 0,10 por litro.
"O governador bota um percentual que incide no preço final da bomba. Então quando diminui o preço do combustível, como foi diminuído agora R$ 0,10 a gasolina. Na ponta da linha não cai porque como é na média, quem faz a média é o governador, geralmente ele pega os locais onde o combustível está mais alto. Se ao chegar a gasolina mais barata no posto o dono baixar R$ 0,10, como ele sabe que a média vai continuar alta, ele vai ter prejuízo e não diminui", concluiu.
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