Uma portaria assinada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, destrava a execução de verbas do Orçamento de 2021 e autoriza o empenho de recursos até o próximo dia 31. O decreto anterior limitava o prazo até 10 de dezembro e provocou protestos do Centrão, que cobrava a liberação de mais recursos do orçamento secreto e ameaçava travar a pauta.
O novo texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU),ontem, mesmo dia em que a Câmara votou, em primeiro turno, mudanças na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, essencial para garantir um espaço fiscal de R$ 106,1 bilhões no Orçamento de 2022.
O impasse em relação à autorização de reserva para gastos havia causado reação do Centrão contra a gestão do presidente Jair Bolsonaro na reta final de votações no Congresso. O bloco pressiona pelo pagamento das emendas do relator, que estão no centro do orçamento secreto. De 16,9 bilhões previstos para este ano, R$ 6,2 bilhões dessas verbas ainda não foram empenhadas.
O clima também prejudicou a liberação de créditos adicionais pedidos pelo governo neste ano e a tramitação do Orçamento de 2022. Para essa etapa, no entanto, a situação não está resolvida. Os partidos do bloco pressionam pela derrubada do veto de Bolsonaro para garantir um Fundo Eleitoral de R$ 5,7bi em 2022 até sexta-feira.
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