A Polícia Federal (PF) desconfia que o presidente Jair Bolsonaro tenha ligação com o ataque hacker ocorrido no sistema do Superior Tribunal Eleitoral (TSE) em 2018. Detetives enviaram intimação nesta terça-feira (14/12) ao Planalto para que Bolsonaro se explique sobre afirmações dadas em uma entrevista em agosto, na qual o chefe do Executivo utilizou informações da investigação sigilosa para atacar, sem provas, a segurança das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro.
O caso tramita dentro de investigação das fake news e foi aberto por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na época, os ministros do TSE encaminharam ao STF uma notícia-crime contra o presidente por vazamento de inquérito sigiloso da PF nas redes sociais do chefe do Executivo. O documento pedia a apuração de eventual delito por parte de Bolsonaro, do delegado da PF que preside as investigações e do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR).
O caso ocorreu em julho, quando o presidente levantou suspeitas sobre a veracidade das urnas durante a tradicional live semanal das quintas-feiras. Cinco dias depois, ao lado do deputado, ambos fizeram afirmações que entraram na mira do TSE. Em depoimento, Barros afirmou que as afirmações feitas por ambos na ocasião não estavam sob sigilo. A abertura da investigação por Moraes foi o estopim que gerou as críticas em sete de setembro.
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