De saída do PSDB, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin disse a aliados que não quer ser um “peso” para nenhum partido e estuda, agora, a possibilidade de migrar para o Solidariedade, a fim de fazer dobradinha com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Alckmin ainda negocia com o PSB, mas as exigências feitas pela legenda para aceitá-lo como vice na chapa de Lula ao Palácio do Planalto têm provocado mal-estar antes mesmo do casamento de papel passado.
A filiação ao Solidariedade surgiu como alternativa e vem sendo tratada com sigilo. Após participar, na quarta-feira, do 9º Congresso da Força Sindical — braço do Solidariedade —, Lula foi questionado por antigos companheiros de sindicalismo, a portas fechadas, se a aliança com Alckmin para 2022 era mesmo um desejo a ser perseguido.
“Ele foi bom governador em São Paulo e compor chapa com ele será bom para o Brasil. Continuem articulando. Eu quero”, respondeu o ex-presidente, de acordo com relatos de três participantes do encontro.
Cinco dias antes, na sexta-feira, Lula havia se reunido com Alckmin na casa do ex-secretário Gabriel Chalita, em São Paulo, com a presença do ex-prefeito Fernando Haddad, pré-candidato do PT ao governo paulista. A conversa, como não poderia deixar de ser, passou por ácidas críticas ao governo de Jair Bolsonaro. Nessas ocasiões, Lula só poupa o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por quem tem simpatia.
Coordenação
O PT já começou a montar a coordenação da campanha. O publicitário baiano Raul Rabelo, que em 2018 assinou o programa de TV de Haddad, ao lado de Otávio Antunes, é agora o nome mais cotado para ser o marqueteiro de Lula.
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