O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse a apoiadores, nesta quarta-feira (8/12), que “jamais exigiria o passaporte de vacinas”. Segundo o chefe do Executivo, a prerrogativa foi dada aos governadores pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e as pessoas não podem querer que ele “resolva todos os problemas". Ontem, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o país não exigirá o comprovante de vacinação contra covid-19 para viajantes, recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas pedirá, sim, quarentena de cinco dias para quem entra no Brasil.
Uma apoiadora de Bolsonaro criticou, no famoso cercadinho do Planalto, o governo do Pará, comandado por Helder Barbalho (MDB), que estaria cobrando o certificado de vacinação e “restringindo a liberdade” das pessoas.
“Eu falo da minha linha: jamais fechei um botequim. Eu jamais vou exigir o passaporte de vacina de vocês. Imaginem se tivesse o [Fernando] Haddad (PT) no meu lugar? Agora, não queiram que a gente resolva todos esses problemas, eles [governadores] estão com autoridade para tal”, afirmou em tom de ironia no famoso cercadinho do Palácio do Planalto.
O presidente ainda continuou o pensamento: “Agora, por ocasião das eleições, cobra a posição do cara de como vai ser o comportamento desse possível candidato no futuro”.
Na terça-feira (7), Bolsonaro fez duras críticas à adoção de um passaporte vacinal no país. Durante cerimônia de assinatura dos contratos do leilão no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo comparou a medida a uma "coleira" e disse que "prefere morrer a perder a liberdade".
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