O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar nesta terça-feira (7/12) o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo julgamento do novo marco temporal para a demarcação de terras indígenas. O chefe do Executivo alegou que, caso aprovado, o governo será obrigado por lei a demarcar áreas indígenas equivalentes "a uma nova região Sudeste". "Simplesmente acaba o Brasil", disse em encontro com empresários da indústria brasileira.
"O que está acontecendo agora no nosso Supremo Tribunal Federal? Estão julgando um novo marco temporal. O que é isso? Se passar, de imediato seremos obrigados por lei a demarcar mais áreas indígenas equivalentes a uma nova região Sudeste. Simplesmente acaba o Brasil. Todos têm que ter responsabilidade. Não interessa se é do Legislativo, do Executivo ou do Judiciário. É lamentável a decisão de alguns colegas nossos do STF. Não estou criticando o STF. Estou criticando alguns colegas. Será que não têm essa visão de futuro?", questionou.
Bolsonaro ainda voltou a defender a renovação da Corte e alegou também que caso o PT volte ao poder, haverá o retorno do imposto sindical.
"Existe a renovação. Ano que vem é ano de renovação para presidente, senador, deputado e vocês sabem o que aconteceu de 2010 para cá, para saber quem está no caminho certo e quem não está. Alguém quer a volta do imposto sindical? Alguém quer um ativismo em cima da legislação trabalhista? Olha o perfil das pessoas que eu encaminhei para o TST (Tribunal Superior do Trabalho). Se fosse outra pessoa de outro perfil, como estaria o TST, propenso a que lado? Como é duro ser patrão no Brasil, eu sei disso", completou.
Por fim, o chefe do Executivo repetiu que 2022 não se trata apenas da eleição para presidente, mas, sim, da indicação de mais dois nomes para o STF.
"Ano que vem tem eleições. Pode comparar o que aconteceu na vida pregressa com esses candidatos, não é apenas uma eleição para presidente. Quem chegar na Presidência vai indicar mais dois nomes", disse, apontando novamente que a cadeira presidencial possui "kriptonita".
"Não queiram aquela cadeira. Eu não sei onde estava com a cabeça, confesso. Mas agora é uma missão. Devemos unir forças, meios para cumprir essa missão", disse. "Uma coisa me conforta: não ter um comunista sentado na minha cadeira", concluiu.
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