A Justiça Federal do Distrito Federal deu dez dias para o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, informar se tem interesse em participar de uma audiência de conciliação com a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP).
A parlamentar entrou com uma queixe-crime por difamação e falsa acusação de injúria racial depois que Camargo usou as redes sociais para insinuar que ela foi racista ao denunciá-lo por fake news.
"A branca mimada e privilegiada não aceita que um preto ria dela. Esse meme foi compartilhado por milhares de pessoas, e ela ter escolhido logo um negão para processar mostra um provável racismo e perseguição. Inclusive, outros notáveis compartilharam esse meme. Ou ela prova que processou TODOS, ou restará provada a perseguição a um negro que venceu e vence diariamente sem ser afromimizento da esquerda", escreveu Camargo.
A intimação foi expedida nesta segunda-feira, 6, pela 15.ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal. Se não houver acordo, o processo segue seu curso, com abertura de prazo para apresentação da defesa.
A queixa-crime por difamação e falsa acusação de injúria racial foi apresentada na esteira de um outro processo movido pela deputada para responsabilizar o presidente da Fundação Palmares por uma publicação falsa atribuída à ela. Camargo compartilhou uma postagem em que ela teria escrito "Deixa eu menstruar, Bolsonaro" e recebido, do presidente Jair Bolsonaro, a resposta: "E quando foi que eu proibi?".
Tabata é uma das autoras dos projetos, vetados por Bolsonaro, que instituiriam a distribuição gratuita de absorventes para mulheres de baixa renda.
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