Em um discurso de 17 minutos, na solenidade para sancionar o Auxílio Gás, o ministro da cidadania, João Roma, enalteceu o governo de Jair Bolsonaro. Segundo ele, a gestão federal segue “afinada” com a responsabilidade fiscal. Ele também disse que não há falta de alimentos no país, porque o agronegócio é um “vetor de desenvolvimento”. O ministro também informou dados alimentares desconexos com a realidade brasileira e culpou o cenário internacional pela inflação.
“A área social e econômica são duas faces da mesma moeda e é dessa maneira que estamos, cada vez mais, não apenas conquistando mais credibilidade no cenário nacional e internacional dando força ao nosso Brasil, mas também unindo o nosso Brasil”, afirmou.
“O Auxílio Gás é mais um dos pontos que faz com que nós possamos superar as consequências dessa pandemia. Traz para o Brasil o que está trazendo para o mundo, um processo internacional de inflação, um processo que faz, muitas vezes, desabastecer os mercados”, continuou.
Em um dia que considerou de “luta” por um Brasil igual, João Roma declarou a união do país ao levar benefícios aos necessitados. Lembrou que o Ministério da Cidadania, que já foi chamado de Ministério do Combate à Fome, na opinião dele nunca foi efetivo.
“Aqui, hoje, uma vez mais avançamos no quesito segurança alimentar com o Alimenta Brasil. Onde o Ministério da Cidadania, que já foi chamado de Ministério de Combate à Fome, até então não tinha sido efetivo para os brasileiros que vivem em uma situação abaixo da linha da dignidade, que é muito pior que falar de pobreza ou extrema pobreza. O que estamos protagonizando hoje é um avanço sem igual para esse país, que produz alimento para mais de um bilhão de pessoas ao redor do mundo, que um em cada cinco pratos de comida vem do nosso Brasil, que desperdiçamos mais de 30% do que produzimos. Portanto, está provado que não é escassez de alimento que aflige aquele que tem fome no nosso Brasil”, disse.
A fome era um problema estrutural no país, proveniente da desigualdade social existente no país. Esse ano, o problema retornou por causa da elevada inflação. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Brasil deixou o Mapa da Fome, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, quando se criou uma estratégia de combate à fome, o que foi possível com a consolidação do programa Bolsa Família.
Em 15 anos, foi possível reduzir a pobreza em 15% e a extrema pobreza em 25%, o que deu poder aquisitivo às pessoas para garantir o prato na mesa. Isso foi possível também por alguns outros fatores, como: aumento da oferta de alimentos, que cresceu em 10%, em 10 anos; merenda escolar e Governança, transparência e participação da sociedade, com a recriação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
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